Voz da Póvoa
 
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Hoje há uma Póvoa de Parabéns

Hoje há uma Póvoa de Parabéns

16 Junho 2020

Povoa de Varzim ou a Cidade que Nasceu há 47 Anos

Nasceu fruto de gente nómada, que desistiu de o ser, quando no horizonte viu no mar o sol apagar. Depois reproduziu-se em família criando uma Póvoa que só muitos séculos depois se tornou Varzim. Cresceu Vila até ser elevada a cidade a 16 de Junho de 1973. É esta elevação que hoje se comemora e a Banda de Musica da Póvoa de Varzim não quis deixar passar em silêncio, interpretando em vídeo o Hino da Cidade.

Em tempo de pandemia a celebração que sempre reuniu o executivo autárquico e as associações do concelho, desta vez foi pontuada com uma sentida intervenção em formato especial e via digital, no portal municipal e em todas as redes sociais do Município, do dia em que a Póvoa de Varzim se fez cidade.

Na manhã de hoje, o Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, explicou que “o Dia da Cidade só pode ser celebrado em sessão aberta, reunindo cidadãos e as diversas organizações da nossa sociedade civil”, numa celebração anual de “força da nossa união comunitária” e “afirmação de cidadania entre as autoridades locais, as individualidades convidadas, os muitos cidadãos interessados e os familiares e amigos, pessoas singulares ou coletivas que homenageamos e certificam, com a sua presença e o seu aplauso, a justeza das distinções que o Município propõe, a cada ano, num acto de pedagogia cívica”.

Para o edil não fazia sentido fazer uma celebração com limitações: “Qualquer outro modelo celebratório, designadamente um que restringisse a presença das autoridades e dos distinguidos e a presença do movimento associativo, da nossa dinâmica sociedade civil e da população, atentaria contra o espírito que norteia a celebração, esvaziando-a de sentido e conteúdo”.

O regresso à celebração que respeite a dignidade da data fica adiada para 2021 a “homenagem devida a quem nestes tempos conturbados mais tem contribuído para que continuemos a ser uma comunidade cada vez mais coesa e feliz”, esclareceu Aires Pereira.

Também o Presidente da Assembleia Municipal, Afonso Pinhão Ferreira, fez questão de recordar que “o Dia da Cidade é uma festividade que consubstancia uma chamada de atenção. Pretende-se que seja um dia peculiar, mais propriamente um dia distinto, de festa, no qual a comunidade poveira escreve parte da sua memória. Afinal, ter memória de nós próprios é a essência da comunidade”. O distanciamento social e as normas de saúde a que a Póvoa de Varzim e o país estão obrigados não permitem nem recomendam, “lamentavelmente”, encontros festivos, “que se impunham nesta data e que já pertencem ao percurso histórico narrativo da comunidade local e são já tradição”.

O significado da data para os poveiros e da celebração levou Afonso Pinhão Ferreira a “aguçar a consciência social poveira, esse sentimento coletivo que nos mares tempestuosos que navegamos se apelida de solidariedade humana. Contamos que todos os poveiros, imbuídos desse sentimento comunitário e conscientes da sua memória identitária, se ajudem mutuamente para ultrapassarem as dificuldades económico-financeiras que se avizinham, já que iremos precisar uns dos outros”.

O Dia da Cidade não podia passar sem algumas palavras dos Presidentes das Juntas de Freguesias:

 Fernando Rosa (Aguçadoura e Navais) deixou uma “palavra de gratidão para com os agricultores, que nunca pararam para que nada faltasse à mesa dos portugueses e, em particular, à mesa dos poveiros”; Carlos Maçães (Aver-o-Mar, Amorim e Terroso) destacou uma celebração “completamente diferente, mas com igual significado e maior sentido de unidade”; José Araújo (Balasar) realçou um “concelho virtuoso, com as suas gentes, cultura, vontade e determinação”; José Armandino (Estela) enalteceu a “força e capacidade de resiliência da nossa comunidade”; António Pontes (Laúndos) felicitou  a Póvoa de Varzim “pela forma como implementou todas as normas necessárias no decorrer desta pandemia, sempre a pensar na segurança dos seus munícipes”; Ricardo Silva (Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai) lembrou que 2020 testou “a resiliência dos poveiros que enfrentaram a pandemia com toda a coragem” e emergiram como “comunidade forte, unida e pronta para enfrentar o futuro com toda a confiança”; Paulo João Silva (S. Pedro de Rates) prestou homenagem a “todos aqueles que nos últimos meses estiveram ao lado das entidades e com as entidades, a minimizar as dificuldades de todos nós, e a todos aqueles que no exercício das suas funções profissionais deram o seu melhor e foram muito para além daquilo que são as suas obrigações profissionais”.

Hoje há uma Póvoa de parabéns.

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