Os novos resultados realizados à Covid-19 revelaram 99 casos infectados com coronavírus, sendo que 83 são utentes e 16 são funcionários do Centro de Apoio e Reabilitação de Pessoas com Deficiência de Touguinha (CARPD). Quase todos os casos são assintomáticos. Ainda se aguardam os resultados de mais 27 testes que deverão ser conhecidos na segunda-feira.
Acrescente-se ainda que os 16 funcionários que acusaram positivo estão assintomáticos, enquanto nos utentes apenas quatro têm febre ligeira e um, porque tem outros problemas de saúde, por precaução está internado no hospital.
Depois de um primeiro caso positivo, confirmado a 2 de Abril, de uma utente do CARPD, a Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde informou em comunicado, enviado na sexta-feira, que providenciou a realização de testes, por amostragem, para procurar perceber o que poderia estar a acontecer face à inexistência de sintomas, tendo desde logo reforçado as medidas do Plano de Contingência.
Dos primeiros 79 testes realizados à Covid-19, os resultados revelaram 17 testes negativos e 62 testaram positivo. Este sábado com a chegada de novos resultados, o número de infetados subiu para 99 no total. No entanto, estes utentes “estão bem, encontrando-se assintomáticos na sua grande maioria”, informou a instituição.
Face ao elevado número de casos positivos, a Misericórdia de Vila do Conde realizou uma desinfeção geral em todos os espaços interiores e exteriores, de todo o centro e procedeu à substituição de toda a equipa. As medidas de contingência foram reforçadas, tendo sido circunscritas e limitado áreas e separado utentes positivos de negativos para a doença Covid-19. “Também foi reforçada a equipa de saúde interna com enfermeiros e médicos em permanência para cobrir as várias áreas, entre elas a cerca sanitária e a área designada de limpa, de forma a monitorizar os sintomas de forma apertada e vigilante”, acrescenta.
O comunicado enviado às redacções refere ainda que “estão assim criadas áreas totalmente distintas de circulação de profissionais e de utentes, assim como também foram criadas zonas para descontaminação de profissionais, por forma a garantir a segurança e saúde dos profissionais que estão agora a entrar para que os profissionais doentes possam agora cuidar de si próprios e descansar”.
Com o aumento de casos de infecção a direcção tomou novas medidas. Rui Maia, vice-provedor da instituição esclareceu que “estavam duas equipas, uma em casa e outra a trabalhar, que iriam rodar a cada quinze dias”. A situação implicou fazer a substituição mais cedo: “Os 49 funcionários que estavam, ao serviço já foram todos substituídos”.
Para descansar as famílias e protegê-las, a Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde assegurou que os funcionários que pernoitavam na instituição durante o “turno” de 15 dias, vão ficar hospedados no Hotel Brasão.
Rui maia esclareceu ainda que há um nervosismo natural, mas toda a gente tem ajudado e nenhum funcionário se recusou a trabalhar.
