Voz da Póvoa
 
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Coronavírus ou a Metáfora do Medo

Coronavírus ou a Metáfora do Medo

28 Março 2020

Ele veio com os olhos em bico, mas não se sabe se nasceu assim. Enquanto o sinal trágico se foi desenvolvendo a Oriente, a Europa e o resto do mundo foi assistindo e laborando com a normalidade dos destemidos, como se o mal fosse para comunista curar sozinho. Houve e continua a haver lideres de países, eleitos pelo povo, cuja sua irresponsabilidade é crime, que todos sabemos, ficará sem julgamento que não seja o voto e até esse poderá ser renovado. Por cá fomos preparando a quaresma sem imaginar que deveríamos estar preparados para a quarentena.
 
No país do sol nascente, os números foram crescendo ao ritmo do medo e os emigrantes de todos os ramos profissionais regressaram aos seus países, aos seus lares. O turista, esse, enquanto o deixaram foi e veio, mesmo depois do vírus ter começado a fazer vítimas diariamente.
 
Mesmo avisado pelo colosso económico chinês o mundo parece não ter percebido que o vírus hospedou-se nos passageiros, viajando à velocidade do transporte usado, avião, comboio, viatura, os pés. Depois foi só dar o salto, usar o beijo, o abraço nu, a mão do outro, o carinho, para se espalhar e com isso infectar, matar.

Não é tempo de procurar culpados, antes procurar defesas para dar tempo à cura. A comunidade científica acabará por descobrir uma vacina, mas até lá habitue-se a viver com o desconhecido, com um inimigo cínico e perigoso, capaz de o matar.

As autarquias acionaram planos de contingência, de defesa dos munícipes e de combate ao vírus, num programa de desinfecção das ruas e mobiliário urbano, nunca visto. Sabemos que é como procurar a agulha no palheiro. Uma coisa parece mais que certa, a agulha escondeu-se, mas está no palheiro. O melhor mesmo, para que não saia picado, é não tentar procura-la.

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