Voz da Póvoa
 
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A Normalidade Vai Ter Restrições e Uma Fiscalização mais Apurada

A Normalidade Vai Ter Restrições e Uma Fiscalização mais Apurada

19 Abril 2020

O tempo é de Estado de Emergência, mas há uma certa urgência em avançar com soluções que nos permitam acreditar que a vida vai voltar a ser lá fora, com todos mais separados, mais alertados e mais seguros. A primavera meteu-nos em casa, mas prometem-nos abrir as portas dentro em breve. Com o verão a chegar, a apetecível praia ali ao lado, não vai ser fácil resistir.

Numa entrevista, o primeiro ministro de Portugal, António Costa, avisou que o próximo verão vai ter restrições e algumas praias poderão não abrir.
 
Foi com base nestas declarações que Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, em entrevista, à Rádio Observador, disse que se o Governo o entender “basta dar instruções à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para na altura em que estiverem a fazer os editais de praia, condicionar as ocupações de verão e do domínio publico que há todo o ano com as concessões e também as esplanadas”, e acrescentou que as praias da Póvoa de Varzim são muito procuradas, “fundamentalmente entre 15 de julho e o final do mês de agosto, o primeiro ministro dispõe de instrumentos necessários para fazer cumprir essa sua determinação”.
O autarca explica que são praias com concessões, “sujeitas a um edital de praia que limita o que pode ser a ocupação de praia sob o ponto de vista das barracas, ou seja do espaço concessionado, quer do ponto de vista da praia livre”.
 
Aires Pereira disse ainda que “as autarquias que há muito vêm reclamando a isenção de puderem ter responsabilidades na administração desta parte do território e que compete à APA e a fiscalização à Polícia Marítima e terá que haver um reforço de meios, quer seja através dos fuzileiros ou dos polícias marítimos para intensificar essa fiscalização, que eu temo nos períodos de maior calor que as pessoas que veem de muitos lados, seja difícil controlar o acesso e o numero de pessoas que vão estar em permanência nas praias”.

Quanto à pandemia que obrigou a uma mudança radicar de hábitos e exigiu da parta da autarquia respostas adequadas, o presidente da Câmara recordou que “enquanto não houver uma vacina, vamos estar sujeitos a estas condicionantes e o Primeiro-ministro, como o povo diz tem a faca e o queijo na mão para fazer as determinações necessárias para condicionar o acesso às praias concessionadas, e era importante que seja tomada cedo a decisão porque os concessionários têm de contratar nadadores salvadores e outros meios, e a praia com menos gente corresponde a uma perda de receita e os concessionários têm que reflectir sobre a época balnear”.

A Povoa balnear vai sofrer um revés, mas talvez tenha chegado o tempo de todos tentar perceber as mudanças necessárias e avançar com propostas aceitáveis, para que o negócio não seja arrastado pela onda. Por isso o melhor mesmo é não ficar à espera da maré.

 

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