Voz da Póvoa
 
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Esposende Combate Espécies Invasoras e Agricultores Agradecem

Esposende Combate Espécies Invasoras e Agricultores Agradecem

18 Outubro 2020

O Município de Esposende continua o combate às espécies invasoras. Ao longo de todo o ano, a Câmara Municipal, em parceria com a Cooperativa Agrícola de Esposende, assegura a destruição dos ninhos da vespa velutina, espécie animal invasora que causa elevados prejuízos nos sectores agrícola, apícola e ambiental.

A Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI), que decorre até 18 de outubro, visa aumentar a sensibilização sobre as invasões biológicas. Neste contexto, importa saber que a introdução de espécies não indígenas causa inúmeros desequilíbrios ambientais e prejuízos económicos.

A vespa velutina é nociva por várias razões, nomeadamente porque se alimenta de abelhas; provoca prejuízos na agricultura, especialmente nas culturas cuja frutificação depende da polinização entomófila; tem impactos negativos em alguns ecossistemas, atendendo que de se alimenta de forma generalizada de outros insetos, cujo impacto não está ainda determinado; e pode constituir ameaça à segurança de pessoas, uma vez que a sua picada já foi responsável por algumas mortes em Portugal.

A adaptação desta espécie ao clima do país tem-se revelado dinâmica, como tal, a resposta também passa por uma gestão adaptativa. A espécie, que supostamente hibernaria, tem apresentado atividade durante todo o ano, entre outras alterações de comportamento que se vão verificando.

No território concelhio, de forma proativa elaboraram-se armadilhas, com materiais gratuitos e reutilizáveis, no sentido de permitir uma captura adicional de indivíduos, especialmente de fundadoras, que dariam origem a novos ninhos. Os resultados das capturas têm-se revelado animadores, na medida que se vão testando e substituindo novos tipos de iscos.

O número de ninhos desta espécie, detetados e destruídos no concelho, vieram gradualmente a diminuir, apresentando uma aparente estabilização. Em 2014 foram 248, em 2015 registaram-se 170, em 2016 165 ninhos, em 2017 foram 165, em 2018 os dados referem 164 e, em 2019, 155 ninhos, totalizando 1 067 ninhos. Assim, tendo o número de ninhos estabilizado, para tentar diminuir mais ainda este número, este ano a autarquia avançou com a colocação de armadilhas, se bem que os apicultores do concelho também tenham a prática de colocar armadilhas, que contribuem, em grande medida, para o combate a esta espécie invasora.


O combate às espécies invasoras, nomeadamente à vespa velutina, enquadra-se no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, nomeadamente no que se refere ao ODS 15 – Proteger a Vida Terrestre e ao ODS 17 – Parcerias para a Implementação dos Objetivos de Sustentabilidade.

Refira-se que, ainda no âmbito da Semana Nacional sobre Espécies Invasoras, o Município, em parceria com a Associação Florestal do Cávado, através da equipa de sapadores florestais, está a promover o controlo de pequenos núcleos de acácias.

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