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Para celebrar esta primeira década, a Galeria Julio preparou um programa comemorativo que se estende de Novembro até ao final de Janeiro de 2026, reunindo criação artística, reflexão crítica e novas edições. As comemorações têm início no dia 2 de Novembro, momento em que se assinalam também os 123 anos do nascimento de Julio / Saúl Dias, com a estreia do espetáculo “à flor da pele”, uma produção da Companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora, que conta com o apoio da República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direcção-Geral das Artes e da Câmara Municipal de Vila do Conde.
O programa prossegue com a inauguração, no dia 15 de novembro, da exposição “Julio e o Modernismo em Portugal”, com curadoria de Bernardo Pinto de Almeida, que propõe uma revisão crítica da história da arte moderna portuguesa e reúne obras de dez instituições nacionais de referência, incluindo, entre outros, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Arpad Szennes / Vieira da Silva e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado.
Durante o período expositivo será ainda lançada uma serigrafia comemorativa de Julio, criada em parceria com o Centro Português de Serigrafia, e uma nova linha de merchandising artístico inspirada no universo do artista e poeta vila-condense.
Dez anos de arte, memória e continuidade
As comemorações dos 10 anos da Galeria Julio e Centro de Estudos Julio / Saúl Dias não são momento de balanço, mas a afirmação da vitalidade de um projeto que continua a crescer, a questionar e a inspirar. Entre o passado que estimula e o futuro que se reinventa, a Galeria Julio honra a obra e o espírito de Julio / Saúl Dias, fazendo da arte um território de descoberta e diálogo com o mundo, renovando o seu compromisso com a criação artística, a reflexão crítica e a educação cultural, e preservando a ideia de Julio / Saúl Dias de que a arte é, antes de tudo, uma forma de resistência poética.
Criada em 2015 pela Câmara Municipal de Vila do Conde - na sequência do legado instituído pelo filho do artista, José Alberto Reis Pereira -, a Galeria Julio, que integra a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea desde a sua génese, tem-se afirmado como um espaço de encontro entre memória e contemporaneidade, acolhendo exposições, ciclos de reflexão, residências artísticas e programas educativos que ligam a criação artística à comunidade. Dez anos depois, o caminho feito confirma a relevância de um projeto que, partindo do legado de Julio / Saúl Dias, construiu um lugar próprio no panorama cultural português.
