O abraço entre o passado e o futuro foi dado, oficialmente, em Vila do Conde com a apresentação, no dia 15 de Março, do Centro de Artes Náuticas (CdAN). Trata-se de um projeto de intervenção cultural e dinamização socioeconómica do concelho, que tem como missão o estudo, a investigação e a divulgação das temáticas associadas às técnicas de construção e reparação naval de madeira. Com a inauguração do Pólo 1 – Centro de Artes Náuticas, um espaço que integra a Área Oficinal e o Centro Formativo de Construção Naval de Madeira. Na inauguração esteve Laura Castro, vice-presidente do conselho Directivo do Património Cultural.
A sessão iniciou na Alfandega Régia, um dos locais que integra o CdAN, com a intervenção da Coordenadora da Unidade Nacional de Gestão dos EEA Grants, Maria Mineiro, e do Director de Departamento do Fundo de Salvaguarda, José Miguel Marques. A apresentação foi feita pelos Coordenadores Municipais do projecto, Pedro Brochado e Ivone Teixeira. Seguiu-se uma intervenção do Presidente da Câmara de Vila do Conde, Vítor Costa.
Seguindo o protocolo, a comitiva fez uma visita à obra de manutenção da réplica da Nau Quinhentista e rumou à praça José Régio onde se deu lugar à inauguração do Polo l – Centro de Artes Náuticas. António Carmo, consultor da área da Construção Naval do projecto explicou as valências do espaço. No exterior, em resultado de uma parceria com a Associação Vila Chã Pesca, representada pelo Mestre Benjamim Moreira, foi exposta uma Catraia (antiga embarcação à vela). Destaque ainda para a Biblioteca Arquitecto Carlos Carvalho que integra o CdAN e reúne um dos maiores espólios de livros e registos das embarcações portuguesas que, atravessaram os mares ou serviram as pescas nas suas mais variadas funções.
Vítor Costa agradeceu a colaboração das entidades parceiras, do EEA Grants, e em especial “toda a equipa municipal que contribuiu para que este projecto se concretizasse”. O Presidente afirmou que “a Câmara Municipal terá sempre uma grande responsabilidade da preservação do património e da cultura vilacondense”.
Promovido pelo município, o CdAN é financiado pelos EEA Grants - designadamente pela Islândia, o Liechtenstein e Noruega.
