Silva Garcia é Candidato à Assembleia Municipal pelo PS
No âmbito da candidatura à presidência da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, João Trocado, convidou os poveiros a estarem presentes, na manhã de domingo, 18 de Julho, no Parque da Cidade, para participarem no evento socialista “Soltar Amarras pela Mobilidade”. A acção de campanha, que contou com a presença do Presidente da Federação Distrital do PS Porto, Manuel Pizarro, serviu também para apresentar o arquitecto Silva Garcia, como cabeça de Lista à Assembleia Municipal.
O Partido Socialista dedicou a semana à problemática da mobilidade no concelho, uma das suas grandes apostas eleitorais, tendo percorrido todas as freguesias, ouvido as pessoas, os seus anseios e críticas ao actual executivo camarário, sendo a falta de uma rede de transportes públicos uma das lacunas.
“A minha campanha tem sido, essencialmente, ouvir. Tenho estado em todas as freguesias, porta a porta, falando com as pessoas e a aceitação das nossas propostas tem sido muito positiva, o que me entusiasma a continuar”, referiu João Trocado.
Na presença de cerca de uma centena de pessoas, o candidato Socialista lembrou que, “se há uma unanimidade nas críticas das pessoas que contactei, é a inexistência de uma rede de transportes públicos digna desse nome, que possa ligar as freguesias ao centro da cidade. O acesso aos serviços que estão disponíveis no centro da cidade, como os serviços públicos, de saúde, finanças, bancos ou culturais e artísticos, é um direito de todos os cidadãos do concelho. Nesse sentido, os transportes integram-se dentro desta problemática da mobilidade, que acaba por ser transversal à maioria das prioridades que defini quando assumi esta candidatura”.
E acrescenta: “O desenvolvimento económico do concelho precisa de transportes que levem as pessoas para o emprego. Na educação, que deve ser a primeira prioridade de investimento do município, os transportes escolares precisam ser modernizados. Precisamos de encontrar formas de tornar os transportes mais cómodos e eficientes”.
Na opinião de João Trocado, a mobilidade surge como um factor determinante da qualidade de vida dos poveiros, “permitindo a aproximação de territórios e o direito à cidade, dinamizando o comércio e os centros industriais. Sem mobilidade sustentável, um número crescente de automóveis ocupa as ruas da cidade, cada vez mais congestionada, com impacto consequente no estacionamento”. E por isso “é urgente dar prioridade à criação de um serviço público de transportes colectivos sustentável”.
O candidato do PS refere que outra das grandes prioridades é a habitação: “é um mercado que por si não se resolve sozinho, sabemos que o centro é bem mais caro, quer seja na aquisição ou no arrendamento, e as periferias onde a habitação é mais acessível, iriam beneficiar de uma boa rede de transportes. Também o ambiente beneficiaria com uma rede de transportes adequada, para ajudar a reduzir a pegada carbónica e atingir mais cedo a neutralidade carbónica, melhorar a qualidade do ar e de vida dos poveiros por todo o concelho. A mobilidade é o cimento que une todas as prioridades que defini e anunciei na minha candidatura”.
O momento foi aproveitado para anunciar o coordenador do programa eleitoral socialista, que vai também encabeçar a lista à Assembleia Municipal, o arquitecto Silva Garcia: “É uma pessoa que vem desenvolvendo publicamente, nos movimentos associativos, na sociedade civil e na política enquanto candidato e depois vereador na Câmara Municipal, muitas das preocupações de hoje, e que foram propostas do PS, sucessivamente chumbadas ao longo dos anos”.
O evento “Soltar Amarras pela Mobilidade” era para se realizar dentro do Parque da Cidade, mas chegados ao local estava impedido o acesso. Foi já durante as intervenções que o espaço abriu ao público, o que levou João Trocado a questionar a autarquia: “Estranhei não ter sido notificado do encerramento do parque da cidade, uma vez que no dia 14 de julho, tinha dado conhecimento à Câmara Municipal que iriamos realizar esta iniciativa dentro do Parque da Cidade. Penso que se resolveu abrir quando esta iniciativa já estava a meio. São regras sanitárias que compete à Câmara decidir se são ou não apropriadas. Fico feliz por terem aparecido tantas pessoas para ouvirem as nossas propostas e ter recebido delas este entusiasmo, esta coragem e alma poveira que a minha candidatura transporta”.
Quem regressa à política activa é Silva Garcia, desta vez para liderar a lista do PS à Assembleia Municipal: “Nunca estive afastado da vida social e política, não tenho tido uma intervenção permanente e activa, mesmo de forma partidária. Tenho estado noutros fóruns, procuro sempre ter opinião. Sou por natureza, inconformado com a injustiça social e com as outras injustiças, digamos incompetências, desejando sempre trabalhar para que haja melhores condições de vida para toda a gente. Aconteceu que fui conhecendo o trabalho deste grupo fantástico que o João Trocado tem estado a criar. Um grupo muito jovem e criativo, com uma grande sensibilidade, inteligente e bem formado, é inconformista como eu e com um dinamismo enorme. Por isso, tinha que aceitar o desafio que eles me propuseram e sinto que, como cidadão, tenho a obrigação de o fazer. Faço-o com entusiasmo e espero conseguir ajudar nos objectivos”.
Se os cidadãos não tiverem acessibilidade aos bens da urbanidade não há democracia, não há justiça social: “tivemos uma oportunidade excelente em 2007, quando eu estava como vereador na Câmara Municipal e o PS apresentou o projecto Bolina, tivemos a oportunidade de dar a volta a isto, procurámos um trabalho de consenso com o Presidente da Câmara, Macedo Vieira e os vereadores do PSD da altura, que pura e simplesmente ignoraram. Os transportes públicos são uma competência das câmaras ao abrigo da legislação, mas também é verdade que devemos ser nós próprios a olhar para a realidade e encontrar soluções”.
Para Silva Garcia, a Ecovia que liga a Póvoa a Famalicão pode, novamente, ser transformada se o PS chegar ao executivo: “Quem olhar para o concelho da Póvoa percebe que a antiga linha férrea é um canal estruturante, está ligado a uma série de realidades desde o centro da cidade até Balasar e depois Famalicão. É uma pena não aproveitarem esse canal, uma vez que a CP acedeu à sua utilização, para o transformar no principal meio de transporte dessas populações, no sentido de acederem ao centro da cidade e o contrário. Isto até pode ser motivante do ponto de vista urbanístico, que é levar o desenvolvimento dos núcleos urbanos dessas zonas a agarrarem-se a essa linha e não espalhados por qualquer lado como está a acontecer neste momento. Ou seja, teria uma série de benefícios. Se formos Câmara, garanto que vamos fazer o nosso ‘ligeirinho’ naquele canal”
