Aprovado em Reunião de Câmara realizada, no dia 11 de Outubro, o Relatório da Comissão que liderou a identificação das áreas e competências a transferir para o Município da Póvoa de Varzim no domínio portuário, conduziu ao primeiro passo para uma intervenção que irá converter os nove armazéns em frente à Marina Norte num “espaço de animação e lazer, um projecto antigo com bares, espaços de fruição e lazer, especialmente dirigidos aos jovens da Póvoa e não só”, num local que se antevê de limitada perturbação noturna, “está numa área retirada da cidade, mas dentro da cidade”, classifica Luís Diamantino.
Para o Vice-presidente da Câmara Municipal, o protocolo entre a Docapesca – Portos e Lotas S.A. e o Município da Póvoa de Varzim, irá possibilitar assim que concluída a “transferência dos armazéns de pesca para os outros armazéns já construídos, que a Câmara Municipal possa gerir aquele espaço de acordo com o projecto que temos de dinamização e inovação sob o ponto de vista da oferta empresarial”.
Agora é tempo de “lançarmos o concurso para os armazéns que lá temos”. A guarita na entrada do porto de pesca irá recuar mantendo o controlo de entradas “e ficará toda aquela zona livre”, facilitando a entrada das viaturas para os parques próximos dos bares.
Luís Diamantino revela ainda que, o projecto prevê rebaixar a zona relvada em forma de monte para permitir aos clientes dos bares e restaurantes verem o mar, “A ideia é fazer com que haja ali, de facto, um projecto que abranja toda aquela zona”.
Redigido o protocolo terá que ser aprovado em Assembleia Municipal. Só depois a autarquia abrirá um concurso: “Aquilo está em bruto, depois os concorrentes têm de fazer as suas propostas para esses armazéns”.
Quanto à permanência do Grupo Recreativo Etnográfico ‘As Tricanas Poveiras’, com sede num dos armazéns, Luís Diamantino limitou-se a dizer que, “isso é um pormenor. O ‘por-maior’ é, de facto, aquilo que nós queremos fazer ali. Nós já estamos a tirar de lá os arquivos e tudo o que lá estava”.
Outro assunto abordado na reunião de Câmara e questionado pela vereação socialista foi a derrocada de uma obra de reabilitação feita há cerca de um mês na marginal de Aguçadoura. Ainda que não fosse responsabilidade directa da Câmara Municipal, Ilda Cadilhe quis saber se “estava previsto algum procedimento em termos de acompanhamento e pressão da autarquia para resolução”.
Por seu lado, a Vereadora do Ambiente, Sílvia Costa, esclareceu que “não terá sido por acção do mar, mas pela acção da chuva. A obra ainda está em garantia, e por isso, a Câmara Municipal está a acompanhar e a pressionar para que dentro da garantia seja resolvido o problema”.
Luís Diamantino não tem dúvidas das razões que motivaram a rotura, “aquilo ruiu porque não estava bem compactado. Era, possivelmente a areia que eles puseram lá e então aquilo aluiu por causa disso, mais nada” e segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) o empreiteiro “terá que repor aquilo que está mal, logicamente, e é responsável por isso”, esclareceu o autarca.
Durante a Reunião, o Executivo aprovou o contrato de comodato para a administração do novo campo de Futebol com a Junta de Freguesia de Aver-o-Mar. (O complexo desportivo de Aver-o-Mar foi inaugurado a 15 de Outubro). O projecto de intervenção e transformação do velho campo do Averomar FC e da área circundante já está pronto, falta apenas concluir o projecto de execução. Segundo Luís Diamantino, “o início dos trabalhos deverá arrancar no próximo ano”.
Como habitualmente, foram aprovados vários apoios a associações desportivas e culturais, com destaque para uma verba de 28 mil euros concedida à União Desportiva de Beiriz para a colocação de iluminação LED no Complexo Desportivo, que permute a redução em 40% do consumo de energia, ainda um subsídio de 40 mil euros ao Centro Social da Paróquia de Beiriz para obras de manutenção das valências de Creche, Jardim de Infância e Centro de Actividade de Tempos Livres.
