Cerca de uma centena de pessoas participaram no dia 21 de Abril, no tradicional almoço organizado pelo Partido Comunista Português (PCP) na Póvoa de Varzim, desta vez, para comemorar os 50 anos do 25 de Abril. As instalações do Grupo Recreativo de Regufe foram o palco da festa e celebração dos valores de Abril.
Com a coragem, determinação e confiança de sempre em fazer prevalecer aquilo que a Revolução trouxe aos trabalhadores e ao povo, mas que ainda está por concluir, Belmiro Magalhães, da Comissão Política do Comité Central do PCP, lembrou “o período negro de 48 anos de uma criminosa ditadura fascista que foi marcado pela repressão e violência brutais, prisões, liberdades individuais e colectivas juguladas, pelo atraso económico, social, cultural e civilizacional, pelo analfabetismo, pela emigração em massa, agravadas desigualdades sociais, a discriminação legal das mulheres, pela guerra, pela alta corrupção e pelo isolamento internacional, em contraste com a fortuna e opulência de uma pequena minoria”.
Para celebrar o 25 de Abril “é preciso relembrar o esforço heroico da luta de resistência antifascista de comunistas e democratas, dos trabalhadores e do povo por melhores condições de vida, o acto generoso dos capitães de Abril e o levantamento popular que abriu a porta à liberdade”.
Por sua vez, Nuno Rodrigues, da Comissão Concelhia da Póvoa de Varzim do PCP, recuou na memória e relembrou “o 25 de Abril na Póvoa, a Praça do Almada cheia de gente a confirmar a Revolução já no dia 27, onde os comunistas poveiros tiveram também um papel de grande destaque. No poder local, os comunistas e os vereadores da CDU foram decisivos para o desenvolvimento do concelho, papel que continuam e continuarão a desempenhar seja dentro ou fora dos órgãos de decisão, na luta pelo total saneamento básico, pela construção e defesa do Hospital, pela construção de mais habitação pube a preços acessíveis, pela eliminação das portagens na A28”.
Para a Comissão Concelhia da Póvoa de Varzim do PCP, “o 25 de Abril alcançou profundas transformações económicas, sociais, políticas e civilizacionais que se traduziram em grandes conquistas dos trabalhadores e do povo, instaurou as liberdades e a democracia, o direito de associação e de manifestação, de constituição de partidos políticos, o sufrágio universal e directo, a liberdade sindical, o direito à greve, à contratação e negociação colectiva, melhoria das condições de vida, o salário mínimo nacional e aumento dos salários e das pensões, criou o Serviço Nacional de Saúde, acesso à segurança social, o direito ao ensino e à educação”.
E acrescenta que, “a Revolução que conduziu à liquidação do capitalismo monopolista de Estado, pôs fim ao domínio dos monopólios, nacionalizou sectores chave da economia nacional, realizou a Reforma Agrária, e construiu o poder local democrático, que expressa e assegura o direito do povo de decidir sobre os problemas das suas terras e o seu desenvolvimento”.
Fotos: PCP
