Voz da Póvoa
 
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Patrulhamento das Praias Fora da Época Balnear é uma Possibilidade

Patrulhamento das Praias Fora da Época Balnear é uma Possibilidade

Política | 22 Outubro 2023


A proposta foi lançada pelos Vereadores Socialistas na Reunião de Câmara realizada, no dia 10 de Outubro, “pelas piores razões, tem estado na ordem do dia a segurança das praias, depois do período designado para a época balnear que terminou a 11 de Setembro”, recordou João Trocado. O Vereador entende “que os serviços que a Câmara Municipal da Póvoa presta na vertente do patrulhamento poderia ser melhor, poderiam estar mais meios ao dispor como acontece em autarquias mais próximas. Fomos informados pela vereadora do pelouro que, numa próxima reunião, virá um protocolo com a Associação Os Golfinhos nadadores-salvadores que tem um conjunto de vertentes, uma das quais se aplica aos fins-de-semana fora do período oficial da época balnear. Não sei se apenas aos fins-de-semana é suficiente, não tenho presente em que dias é que aconteceram os episódios mais graves. O certo é que, estando em causa a segurança das pessoas e também um pouco a imagem das nossas praias, embora seja fora do período balnear, todo o cuidado é pouco, e mais meios seriam, em nossa opinião, bem-vindos”.

Segundo João Trocado, a sinalização das praias, das marés vivas, dos perigos que o mar representa, ajudaria na prevenção. E lembrou que o projecto vencedor do último Orçamento Participativo Jovem era, precisamente, na área da prevenção e salvamento balnear, que consiste em melhor sinalização, na identificação dos contactos para ocorrências. Foi um projecto vencedor, precisamente, por incluir este mérito de responder a um problema grave. Não sendo uma responsabilidade directa do Município, é um trabalho que não pode nunca descorar. E não obstante, esse projecto ter vencido, não avançou a tempo desta época balnear ou deste tempo que estamos a viver e em que podemos ter bom tempo nas praias”.

E acrescenta: “As praias estão sinalizadas como não vigiadas, mas isso pode não ser suficiente para alguns episódios. Ressalvo que, não é a Póvoa que é especialmente perigosa, o que nós precisamos é que as autarquias não descartem os meios que têm ao seu dispor, sendo um órgão político de proximidade para proteger mais quem nos visita e quem aqui vive, e quer fazer uso das praias fora do período designado”.

Para o Vereador Socialista, “quisemos deixar claro a nossa preocupação em relação a esta matéria”, e lamentou a “forma jocosa como o senhor Vice-presidente da Câmara, Luís Diamantino disse que - da próxima põe um muro à volta de toda a zona balnear de todas as praias da Póvoa. É uma forma de abordar o tema e que a mim não me causou vontade nenhuma de rir, mas terá sido uma boa piada para quem a percebeu. Para nós é uma situação que deve ser encarada com seriedade e essa diferença também ficou patente nesta reunião”.

Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal, em relação ao que tem acontecido depois do encerramento da época balnear, com alguns incidentes um ou outro com consequências fatais, refere que “o apelo é sempre à consciência de cada um, quando vai à praia nestas circunstâncias, em que não há vigilância e que o mar está bastante alterado, que pense em primeiro lugar na sua segurança. A vigilância é sempre de proximidade, nunca é uma vigilância efectiva como é durante a época balnear, portanto as pessoas devem ter isso em consciência”, proferiu Aires Pereira.

Quanto a um possível aumento do efectivo de patrulhamento, não está previsto: “A relação que temos é aquela que resulta da vigilância feita nas bicicletas eléctricas e com a SeaMaster a deslocar-se ao longo da praia, e depois com o contacto telefónico entre os nadadores-salvadores que estão em operação para se deslocarem para os sítios onde há incidentes. Digamos que, em primeiro lugar, fora da época balnear a Autoridade Marítima é que tem a responsabilidade pela segurança da costa portuguesa. Nós somos um complemento dessa segurança”.

A implementação do projecto “Lançar Para Salvar”, vencedor do Orçamento Participativo Jovem, segundo o autarca deverá estar para breve: “É fundamentalmente para aplicar fora da época balnear. O projecto foi aprovado ainda há pouco tempo e estamos a trabalhar nisso, no sentido de implementar no mais curto espaço de tempo”.

O serviço Anual de Assistência a Banhistas que o Porto, Gaia e Vila do Conde Implementavam, recentemente, ainda não convenceu Aires Pereira: “a questão ainda não nos foi colocada a esse nível. Até porque tem havido incidentes nessa zona mais que aqui. É preciso perceber se esses planos resultam efectivamente na melhor segurança das pessoas. Agora, tudo passa pela responsabilidade de cada um de nós quando vamos à praia fora da época balnear”.

A Saúde em Portugal não Quer Estar pela Hora da Morte

“É preciso termos consciência da situação que estamos a viver e que nunca se viveu em Portugal desde o 25 de Abril (1974), mesmo em situação de pandemia houve um reforço dos profissionais para assegurar a função mais básica do Estado, a saúde dos portugueses. Temo que haja incidentes mais graves por falta de assistência”, respondeu Aires Pereira, quando questionado sobre o encerramento das urgências aos fins-de-semana, mesmo que pontualmente como aconteceu no Hospital da Póvoa de Varzim, e por outros espalhados pelo país.
 
A situação que se vive no Serviço Nacional de Saúde foi tema dos discursos no aniversário dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim. O Presidente lembrou que, “os bombeiros, como as autarquias, estão sempre disponíveis para estarem ao lado das suas populações. Viu-se isso durante a pandemia e em circunstâncias muito difíceis. As autarquias nunca faltaram ao trabalho, nunca se queixaram que trabalhavam mais horas que o normal, e os bombeiros também não. Quando chamarmos uma ambulância para transportar uma pessoa, os bombeiros vão ter dificuldade em responder porque terão que andar de um lado para o outro até saber onde vão deixar o doente. Essa preocupação foi manifestada pela Federação dos Bombeiros Portugueses - durante o aniversário dos bombeiros - mas também com a inoperância das nossas ambulâncias paradas à espera de puderem fazer a entrega do doente que transportam. Com o caminhar do tempo percebemos que a situação está a ficar cada vez mais grave”.

Durante a Reunião do Executivo foi aprovado conceder um apoio à festa de São Martinho na Casa dos Poveiros de Toronto no Canadá, “nessa festa reúne-se grande parte da comunidade poveira que vive em Toronto, e a Câmara Municipal irá suportar a despesa dos dois artistas que lá vão actuar. É sempre um momento de grande interacção com a nossa comunidade”, afirmou Aires Pereira. 

Foi também aprovada a realização do curso que decorrerá no Museu Municipal, “a sala de Jantar em Portugal e as Artes da Mesa” que será ministrado pelo professor catedrático Gonçalo Vasconcelos e Sousa. Assim como diversos apoios às organizações do Município, nomeadamente o Campeonato de Futebol Inter-freguesias, ténis de mesa e atletismo. Também foi aprovado o apoio para o 17º Ciclo de Música Sacra de Rates, realizado em Maio último.

José Peixoto

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