Voz da Póvoa
 
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Para o Bloco de Esquerda o Orçamento de Estado tem Perna Curta

Para o Bloco de Esquerda o Orçamento de Estado tem Perna Curta

Política | 26 Outubro 2024

 

Em comunicado o Bloco de Esquerda da Póvoa de Varzim começa por recordar as palavras do Primeiro-ministro, Luís Montenegro, a 16 de junho, dia em que participou nas comemorações de elevação da Póvoa de Varzim a cidade: “O Governo não deixará de tomar uma decisão efectiva” quanto à ampliação do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde (CHPV/VC), à construção de um nó na A7 (bem como o assoreamento da barra do Porto de Pesca e à concessão da Zona de Jogo). 

Pela falta de cumprimento: “Ao não ver contemplada qualquer verba no Orçamento de Estado para 2025 para nenhuma das quatro reivindicações da Póvoa de Varzim, o Bloco de Esquerda assume que a decisão do Governo já foi tomada: e a resposta é não para todas”. 

Em relação ao Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde (CHPV/VC) “as populações da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde aguardam a ampliação do CHPV/VC há oito anos, uma espera demasiado longa e cara, já que durante este período perdeu-se a oportunidade de aceder a 2,3 milhões de euros de fundos comunitários”.

É com consternação que o Bloco de Esquerda constata que “o Governo não irá assegurar cuidados de saúde robustos e de proximidade para as 150 mil pessoas dos dois concelhos. No Orçamento para 2025, para a Unidade Local de Saúde Póvoa de Varzim/Vila do Conde, que engloba as Unidades Hospitalares dos dois concelhos e 14 Unidades de Saúde Familiar (USF), está previsto um investimento de cerca de 4 milhões de euros. Este número refere-se apenas à conservação e reparação dos 16 edifícios, aquisição de equipamento e software”.

Para o Bloco de Esquerda, “o SNS tem uma importante missão de redução das desigualdades territoriais e dotar as infraestruturas de condições dignas, quer para utentes, quer para profissionais de saúde, é garante de maior equidade entre todas as regiões do país”.
 
O partido de Mariana Mortágua reivindica “a ampliação do CHPV/VC, um projecto prometido às populações da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde e que lhes irá facultar condições de tratamento de saúde proporcionais à qualidade dos profissionais que trabalham nesse espaço”. 

Estando os dois municípios de acordo quanto ao projecto e tendo ambos alocado verbas para o executar, existindo um terreno disponibilizado pelo município da Póvoa de Varzim e tendo, inclusivamente, existido fundos comunitários disponíveis, o Bloco de Esquerda entende que a “não decisão” de Luís Montenegro é sinónimo de desdém por uma saúde para todos e universal.
 
Quanto à Construção de um nó na A7, lembra que “desde 2019 que as populações da Póvoa de Varzim e de Famalicão aguardam uma resposta dos Governos sobre a esta construção”.

E acrescenta: “Com a saturação da N206, as empresas locais das freguesias de Fradelos, Balasar, São Pedro de Rates, Macieira de Rates, Negreiros e Chavão iriam beneficiar financeiramente com a melhoria da mobilidade. A Ascendi, concessionária da via, iria assumir o custo da construção do Nó, enquanto as Câmaras Municipais iriam comprometer-se com os valores referentes às vias de acesso. Ou seja, não haveria quaisquer custos para os utilizadores”.

Em defesa dos melhores interesses do município, e portanto no que diz respeito à Saúde e Acessibilidade, o Bloco de Esquerda denuncia “as promessas vazias feitas pelo Primeiro-Ministro na sessão solene de 16 de Junho, considerando inadmissíveis as consequências destas na Póvoa de Varzim — e alerta para o facto de o Orçamento de Estado para 2025 ser mais uma prova de um conjunto de políticas que em nada beneficiam as poveiras e poveiros.

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