Voz da Póvoa
 
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Novos Regulamentos Municipais Aprovados em Reunião de Câmara

Novos Regulamentos Municipais Aprovados em Reunião de Câmara

Política | 7 Agosto 2022

 

Na Reunião do Executivo Municipal foram aprovadas seis propostas de novos Regulamentos Municipais. Se por um lado foram actualizados regulamentos com mais de uma década, por outro foi criado o novo Regulamento de Taxa Turística Municipal, de 1,50 euros por dormida, a pagar pelos hóspedes de hotéis ou alojamentos locais. A receita será aplicada no desenvolvimento da programação cultural e de animação turística do concelho. Ficou decidida a actualização e adequação do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas Municipais, do Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação, do Regulamento de Ocupação do Espaço Público e Publicidade, do Regulamento de Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos e Limpeza do Espaço Público, do Regulamento Municipal das Atividades Económicas, e ainda, do Regulamento da Taxa Turística Municipal.

Segundo Aires Pereira, com a aprovação da nova estrutura orgânica, foi necessário “juntar todos estes regulamentos, fazer as adaptações e criar novas dinâmicas para termos uma resposta, quer da organização do espaço público, quer da cobrança das despesas que temos com alguns serviços”. O presidente espera ter todos os regulamentos concluídos até ao final do ano, de forma a entrar em vigor em 2023, “a partir daí podemos prestar um melhor serviço às nossas populações e a todos aqueles que precisam dos serviços do município”.

Os novos regulamentos estarão em discussão pública durantes 30 dias úteis, “analisados os contributos que as diversas associações e operadores possam dar, teremos uma versão final para remeter à Assembleia Municipal”, revelou o Edil. 
 
João Trocado reconhece que “é em boa hora que se faz este trabalho jurídico, e por isso estamos disponíveis para em função das alterações que venham a acontecer, rever o nosso sentido de voto. Alguns destes regulamentos votámos a favor e outros contra, mas sendo um primeiro momento, entendemos que as nossas preocupações deveriam também verter-se em votos contra essas respectivas situações”, explicou o Vereador socialista.

As revisões ao Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação, mereceu do PS o voto contra, uma vez que se tornou bastante extenso: “Passou de pouco mais de 20 artigos para mais de 80. Ou seja, em vez de clarificar e simplificar veio tornar o regulamento mais complexo, mais complicado e confuso. Há uma densificação excessiva das matérias em questão”. João Trocado acrescenta que, “estão a tornar os licenciamentos ainda mais complicados. Temos a expectativa de que os reparos que nós fizemos venham a ser acolhidos, simplificando os procedimentos urbanísticos”.

Se por um lado em relação aos regulamentos de gestão de resíduos e das actividades económicas os socialistas não têm reparos a fazer, já em relação ao regulamento da publicidade votaram contra: “a taxa de publicidade é reintroduzida neste regulamento. Na verdade, ela nunca saiu, mas deixou de ser cobrada e se há situações que obrigam a licenciamento, em certos casos, a taxa é exagerada. Muitas das situações que este regulamento prevê são tão simples que a Câmara nem sequer tem que as autorizar, apenas tem que tomar conhecimento, através de uma comunicação prévia do interessado”. E o Vereador socialista questiona: “Se de facto essa taxa deixou de ser cobrada, de alguns anos para cá, por alguma razão foi. porém, querer reintroduzir taxas e regulamentos mais complexos para o nosso comércio, para os profissionais liberais, para os pequenos empresários, para a vida das pessoas, parece-me o caminho errado. Deveríamos simplificar”.

Socialistas Querem Saber o Destino das Futuras Taxas Turísticas

Relativamente à introdução da nova taxa turística Municipal, a Póvoa de Varzim tem dez hotéis e cerca de 300 alojamentos. João Trocado reconhece que outros municípios já avançaram com a cobrança, mas quer saber o destino das receitas: “o Presidente avançou com valores anuais de cerca de 200 a 250 mil euros. Preocupa-nos qual o destino desta receita porque se é certo que durante o verão o município tem mais gastos e precisa animar a cidade para a tornar mais atractiva. Nós não concordamos com ela, mas a existir, deveria ser para minorar os efeitos negativos que o turismo traz, como o aumento do trânsito ou do ruído. É para isso que serve a taxa turística, mas fora as boas intenções que são ditas, é apenas mais uma fonte de rendimento para o bolo das receitas da Câmara”.

O socialista avisa que depois de se ter incentivado a aposta na legalização do alojamento local segue-se a aplicação da taxa: “A Câmara tem vindo a apregoar, tem sido publicidade e até propaganda eleitoral, uma política amiga das pessoas e dos negócios. Mas, com estas alterações aos regulamentos, mormente ao novo regulamento de taxas e preços para os serviços municipais, estamos a complicar a vida às pessoas e aos negócios e estamos a aplicar novas taxas que podem não ser amigas dos investidores, dos comerciantes e dos nossos negócios. Parece-nos incoerente que, no último mandato o nosso presidente venha lançar aqui mão de uma série de novos regulamentos e novas taxas com o objectivo de arrecadar receitas invertendo a política que vem a apregoar”.

Aires Pereira, por seu lado, revelou que a receita da nova taxa turística será “aplicada na actividade turística, quer seja sob o ponto de vista da animação cultural, animação turística, seja sob o ponto de vista da melhoria do espaço público, que tem a ver com as áreas de fruição da actividade turística, quer até da recuperação do património”.

Ainda na Reunião de Câmara foi aprovada a adjudicação do fornecimento de refeições escolares nos estabelecimentos de educação pré-escolar, ensino básico e ensino secundário e de lanches no pré-escolar. Foi também aprovado um Protocolo com a Fábrica da Igreja de São Pedro de Rates que vai permitir avançar com a construção do Museu de Arte Sacra e a nova Escola de Música, na Praça dos Forais. Este investimento autárquico na ampliação e reabilitação da residência paroquial para este fim, visa a elevação do património cultural local cuja diferença em termos de utilidade para a vila e valorização da comunidade será bastante visível. O Executivo aprovou também, um apoio de cerca de 11 mil euros ao MAPADI – Movimento de Apoio de Pais e Amigos ao Diminuído Intelectual, para a execução de obras de ampliação do Centro de Actividades Ocupacionais.

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