“O PS/Póvoa nunca antes viveu esta realidade”, razão pela qual, João Trocado, líder da concelhia do Partido Socialista desde 2018, se apresenta novamente como candidato às eleições de 6 de julho.
“De há três anos a esta parte que os poveiros se vêm habituando a ter, como nunca no passado tiveram, um partido que faz oposição com força e confiança, tanto na Vereação, como na Assembleia Municipal e nas Assembleias de Freguesia de todo o concelho. Este novo tempo que inaugurei sob a minha organização e liderança tem mostrado à sociedade poveira um Partido Socialista que funciona com dinâmica, harmonia e coordenação”. Foi com estas palavras que João Trocado, também Vereador na Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, anunciou, no dia 17 de Junho, a vontade de se manter à frente dos destinos do PS/Póvoa, com uma lista que “é reforçada por alguns elementos que, entretanto, entraram”.
O socialista disse ainda que “tem sido possível mostrar uma oposição que a sociedade hoje reconhece como competente, liderante e responsável, desde logo porque existe um alinhamento entre quem pensou, trabalhou e elaborou o programa eleitoral com que o partido se apresentou a sufrágio, com aqueles que, tendo sido eleitos, assumiram a responsabilidade de o defender e apresentar como alternativa durante os quatros anos que se seguem às eleições”. Mas, reconheceu que nem sempre foi assim: “Esta ideia, aparentemente, simples de existir uma sólida união e convergência entre todos os órgãos e rostos públicos do partido foi difícil de alcançar. Na verdade, o PS/Póvoa nunca antes viveu esta realidade. Desde sempre - desde as primeiras eleições livres - que, após cada eleição autárquica, o PS troca de protagonistas e recomeça do zero todo o trabalho político preparatório da eleição seguinte”.
João Trocado destaca que as “condições inéditas que alcançámos, têm estado por detrás de uma maior profundidade na ação política e do sucesso na atração de novos quadros e protagonistas para um projeto que a cada dia vai crescendo e se tornando mais forte e reconhecido pelos poveiros”.
Sublinhou também o facto de terem apresentado candidaturas a todas as Freguesias e Uniões de Freguesia, pretendendo repetir nas próximas e alargar às 12 freguesias, se a desagregação acontecer como é esperado e desejado.
“No próximo ano, as eleições autárquicas encerrarão o último ciclo do PSD na governação do concelho. Os poveiros farão uma nova escolha e essa será entre um PS renovado que quer que a Póvoa avance, que tem uma ideia de progresso, e um PSD cansado, perdido nas guerras internas pela liderança da concelhia que ocorreram no último ano, e que tem um projeto saturado, focalizado somente na preservação do poder pelo poder. Em fim de linha, a sucessão no PSD só poderá ser pior que a liderança que está a terminar”, afirmou João Trocado.
Acrescentando que “se os militantes do PS assim decidirem, continuaremos o trabalho de credibilização da nossa estrutura e da nossa mensagem política, e prepararemos as candidaturas fortalecidas que serão julgadas pelos poveiros”.
A mudança de protagonistas na maioria das freguesias pode favorecer o PS que venceu nas últimas eleições autárquicas nas mesas de Amorim e Terroso: “entendemos que temos um projeto reforçado e também que fruto dessa mudança de protagonistas, por parte daqueles que têm até aqui sido maioritários nestas freguesias, existe uma oportunidade de vencer as eleições”, sublinhando que o partido está “a trabalhar no sentido de apresentar os candidatos mais fortes”.
Questionado se voltará a encabeçar a candidatura à presidência da Câmara em 2025, João Trocado respondeu apenas que “não é o momento para fazer anúncios. Naturalmente que, até por uma questão orgânica, a próxima Comissão Política é que terá de tomar essas decisões, de todas as listas e todos os candidatos, não será esta. De qualquer forma, depois da minha reeleição e da lista estar instalada, de haver uma tomada de posse, com certeza poderemos falar sobre essas questões”.
Por: José Peixoto
