Voz da Póvoa
 
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Executivo Quer Facilitar o Trânsito na Rotunda à Entrada da Cidade

Executivo Quer Facilitar o Trânsito na Rotunda à Entrada da Cidade

Política | 21 Outubro 2024

 

Na Reunião do Executivo realizada a 15 de Outubro, foi aprovada a abertura de concurso público para a adjudicação da empreitada que tem um custo de cerca de 700 mil euros e que pretende melhorar a circulação na Rotunda à entrada da Cidade, com a criação de uma nova via a Norte, no sentido de facilitar o trânsito que vem da A 28 e pretende virar a Norte, não precisando ir à Rotunda.

“É uma obra relativamente simples, que esperamos se traduza numa melhoria da circulação de entrada e saída da cidade. Até porque grande parte do tráfego se dirige ao Norte, que passará a ter uma via dedicada, desta forma retiraremos grande parte do tráfego da rotunda”, revelou Aires Pereira. 

O alargamento da faixa interior da rotunda, com cubo de granito irá “permitir uma maior segurança na circulação e um maior desafogo”. 

Segundo o Edil, as entradas na Rotunda também serão corrigidas para facilitar a circulação: “As rotundas por excelência são locais onde não se pára, onde o tráfego é previsto que circule e, portanto, devemos ter entradas e fluxos amigáveis para que não nos sintamos desprotegidos, como sendo um cruzamento normal, quando estamos a chegar a uma rotunda”, estas alterações pretendem “fazer com que o tráfego flua mais facilmente”.
A empreitada irá englobar a criação de mais uma ligação ao troço norte da Via Circular Urbana da cidade, com um “novo arruamento de ligação à rua das Sencadas, um pedido de vários moradores, e que permitirá um acesso mais rápido e directo daquele troço à malha urbana envolvente”. O Executivo camarário pretende adjudicar a obra até ao final do ano.
Aires Pereira reconhece que a resolução do problema nunca será definitiva, “nas horas de ponta não há soluções ideais”, mas acredita que “esta solução parece-nos que irá aliviar de alguma forma a circulação”.

Com a inauguração do novo troço da Via B no início de Novembro, “esperamos, a partir dessa altura, ter um aumento de tráfego significativo e, dessa forma, também aliviar a circulação na Estrada Nacional”. E com isso descongestionar a via que vem do Hospital da Luz.

Para o PS a Nova Intervenção na Rotundo não é Solução

Por discordarem da solução apresentada pelo Executivo, os vereadores do Partido Socialista votaram contra: “esta intervenção não vai resolver os problemas de constrangimento de trânsito. Não vai resolver as filas nem na Avenida do Mar, nem de quem vem da A28, nem de quem vem da Avenida 25 de Abril”, disse no final da Reunião de Câmara, João Trocado.

E acrescentou: “O trânsito que congestiona estes acessos à rotunda, é o trânsito que, vindo da A28, quer sair para a Avenida do Mar ou para a Avenida 25 de Abril, ou, partindo da 25 de Abril ou da Avenida do Mar, quer aceder à A28. Não tem relação com a via que segue para Norte. No fundo, ela é irrelevante para os problemas de trânsito que estão a acontecer. Basta ver que quem vem da A 28 e segue pela via direita, ela está vazia”. Para o Vereador socialista “não é aí que está o problema. A Câmara está a ter uma opção errada”. Admitindo que possa melhorar ao nível da visibilidade, “esta rotunda precisa de uma intervenção mais de fundo, de um investimento que a reconfigure e lhe dê fluidez de trânsito. Não precisa de um remendo como este, que no fundo nos faz perder tempo e dinheiro”.
 
Para João Trocado é preciso reconhecer que “esta rotunda foi um erro e o povo diz que - aquilo que nasce torto, tarde ou nunca se endireita”. E recorda que “a intervenção que foi feita na rotunda piorou a circulação e criou mais dificuldades, mais filas e mais insegurança. Não havendo esse reconhecimento, dificilmente iria agora desencadear um novo projecto para reconfigurar aquilo que ele acha que está bem”.

Questionado se a solução poderia passar por um túnel entre a A28 e a Avenida do Mar, o socialista acredita que “o túnel, se fosse exequível, claramente seria melhor. Não sei com toda a certeza se seria a solução”, mas recorda que “se há 3 milhões de euros para fazer um viaduto onde ele não é preciso, sabendo que, hoje, o problema está na rotunda à entrada da cidade, era aí que deveria ser gasto o dinheiro. Embora, eu não seja da área de obras, creio que 3 milhões seriam suficiente”. E, João Trocado continua: “Não afirmo perentoriamente que o túnel seria a nossa solução porque não me arrogo saber mais do que as pessoas que realmente sabem do assunto. E aqui pasmo que o projecto que nos foi disponibilizado pelos serviços da Câmara e que seguiu para a Reunião, não seja acompanhado de um estudo de tráfego”.

Em relação ao voto contra do PS, Aires Pereira disse que “esperava era que o Partido Socialista, que passa a vida a dizer que tem gente de planeamento e gente com grande capacidade, tivesse apresentado um estudo alternativo que pudesse melhorar esta nossa solução”. 

Com o voto, desta vez favorável do PS, o Executivo Municipal decidiu alienar a parte aérea do terreno que dá acesso às traseiras do Cine-Teatro Garrett, pela Avenida Mouzinho de Albuquerque. Desta forma, garante o acesso para cargas e descargas no palco, tais como adereços, cenários ou montagem de equipamentos sonoros e outros para a realização de espectáculos, ou até para estacionamento próprio de viaturas. Os eventuais pisos em altura estão disponíveis para construção. Daí o proprietário da antiga Garagem Avenida ter manifestado interesse na aquisição por estar a desenvolver um projecto para o edifício em questão. Aires Pereira adiantou que “pode ser para ele ou para outro qualquer interessado”.

O terreno será colocado em hasta pública pelo preço base de meio milhão de euros, praticamente o mesmo valor da aquisição. Há uma década, o Município adquiriu o terreno por cerca de 480 mil euros. Para João Trocado “a Câmara não perde nada”. E acrescenta que “será uma fonte de receita interessante”.

Ainda na Reunião da Câmara Municipal foi também aprovada a constituição de novos topónimos em arruamentos do concelho e a atribuição de apoios a entidades locais de carácter social, cultural, educativo e recreativo.

Por: José Peixoto

 

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