Na Reunião do Executivo Municipal realizada no dia 6 de Fevereiro, foram aprovados Contratos-Programa que permitem distribuir apoios por grande parte das associações do concelho que desenvolvem a sua actividade ligadas à educação, juventude, desporto e cultura, que ascendem a 2,2 milhões de euros, “algumas ainda não têm contas certificadas”, sublinhou o Presidente da Câmara, Aires Pereira.
No âmbito do Programa Eco-Escolas, foi aprovada a celebração de parceria com a Associação Bandeira Azul da Europa. Este programa internacional, que se vem repetindo nos últimos anos, pretende encorajar acções e reconhecer o trabalho desenvolvido pelas escolas, no âmbito da Educação Ambiental.
Foi também aprovada, pelo Executivo, a abertura de concurso público para a prestação de serviços de vigilância privada para onze locais do Município, “onde já exercem essas funções, como sejam, edifícios camarários e as USF que antigamente estavam na alçada do Ministério da Saúde e que agora passam para a Câmara Municipal”, explicou o socialista João Trocado, sublinhando que o preço base “poderá ascender a 750 mil euros”.
O Vereador lembra que, “embora tenha merecido a nossa concordância porque é um serviço indispensável e que tem sido prestado de uma forma correcta pelas empresas que operam este trabalho, em nossa opinião, à semelhança do que existe na Câmara Municipal ao nível da portaria, deveria haver algum espaço para que a própria Polícia Municipal pudesse ir assumindo uma parte destes trabalhos. Sendo certo que, neste momento não tem efectivos suficientes para dar resposta a 11 locais em que o município recorre e continuará a recorrer à segurança privada”.
Para João Trocado, “a Polícia Municipal não deve apenas servir para a fiscalização dos parquímetros, para organizar o trânsito e transportar os bens para os eventos de organização municipal. Deve ter mais funções de segurança, e está aqui um exemplo de algumas oportunidades que poderiam valorizar o papel da Polícia Municipal. Entendemos que isso seria fundamental”.
Aires Pereira não comunga das posições da oposição: “sinceramente, tenho alguma dificuldade em perceber em que mundo vive o Dr. João Trocado. Concursos de vigilância, que eu saiba, a nível nacional, quer o Estado, quer empresas de qualquer área, fazem com empresas privadas que prestam este tipo de serviço, uma vez que se trata de serviços muito especiais, para o qual é necessário ter formação e ainda por cima são, normalmente, desempenhados 24 horas, 7 dias por semana”.
O Edil reforça a ideia de que, “no caso de ser o Município a internalizar este tipo de serviços, teríamos de ter aqui mais 500 ou 600 funcionários. Isto não faz nenhum sentido. E não é por acaso que o Estado e todas as instituições recorrem a este tipo de serviços. O PS da Póvoa de Varzim tem uma visão sempre muito estadista, muito esquerdista sobre a gestão municipal, e que leva muitas vezes a este tipo de propostas que, como diz o povo, é falar por falar”.
Por: José Peixoto
