Voz da Póvoa
 
...

Executivo Aprova Regulamento de Trânsito e Estacionamento

Executivo Aprova Regulamento de Trânsito e Estacionamento

Política | 3 Junho 2023


 
O executivo Municipal aprovou no dia 23 de Maio, em Reunião de Câmara, o novo Regulamento Municipal de Trânsito e Estacionamento para a Póvoa de Varzim.

Depois de ter estado em discussão pública, de acordo com Luís Diamantino, vice-presidente da Câmara Municipal, “foram enviadas sete pronúncias sobre o documento, algumas foram aceites, outras não eram exequíveis”. O regulamento entrou em vigor no primeiro dia de junho.

O novo regulamento que prevê a tarifação do estacionamento, entre os meses de Junho e Setembro, na Avenida dos Pescadores, junto à Praia da Fragosa em Aver-o-Mar; no Largo do Alto Martim Vaz, e na Rua do Varzim Sport Clube, não facilita quem prevarica, porque quem estacionar e não tiver na viatura o talão de estacionamento, perante um auto, terá que pagar o dia completo acrescido de 50%. Este ano, o estacionamento tarifado estende-se também à Avenida Santos Graça. O horário sujeito a pagamento será das 9 às 19 horas.

Por sua vez, o Vereador, João Trocado, justifica o voto contra do PS “lemos com atenção as sete participações resultantes da consulta pública, as quais - tirando uma questão de pormenor - não determinaram qualquer alteração de fundo neste Regulamento Municipal de Trânsito e Estacionamento, pelo que o documento veio à Câmara praticamente com o mesmo texto. Nós voltamos ao opor-nos a este regulamento, pois continuamos a entender que ele vem acrescentar ainda mais zonas de tarifação, nomeadamente colocação de parquímetros na Avenida Santos Graça, e isso não se justifica. Aliás, se há coisa que nestas três semanas se constatou, é a indignação pública por parte de alguns moradores, conforme testemunhado na comunicação social de âmbito regional. E que eu saiba, não conheço quem ache bem esta medida que provocou indignação nos moradores”.

E acrescentou: “No Verão é o cãos na Póvoa para estacionar, a colocação de parquímetros não vai resolver, uma vez que eles têm duração limitada, ou seja, um carro que esteja estacionado nesta rua e a pessoa esteja na praia, tem de vir da praia colocar nova moedinha, algo que não faz sentido nenhum. Mesmo que o façam, não iria promover rotatividade absolutamente nenhuma”.

Para João Trocado, a Câmara “somente pretende mais uma fonte de receita. Nos últimos tempos, temos testemunhado aumentos da tarifa da água, algo que não acontecia há largos anos, temos a reinstaurarão da tarifa de publicidade no espaço público, leia-se das esplanadas dos cafés”, e questiona “o que é que mudou do primeiro para o segundo mandato de Aires Pereira, para agora no terceiro se lembrar que está na altura de cobrar mais taxas, como a pioneira taxa turística, prejudicando também este sector. Ou seja, novas fontes de receita que não se justificam na nossa opinião, daí politicamente termos mostrado a nossa perplexidade”.

Na Reunião do Executivo, Luís Diamantino avançou ainda que as Escolas Secundárias de Rocha Peixoto e de Eça de Queirós, bem como a Escola Campo Aberto, “pediram um protocolo para a criação de centros tecnológicos. É uma candidatura que as escolas fazem, que a concretizar-se, e a Rocha Peixoto já viu um centro tecnológico aprovado, terá um apoio muito considerável nas suas instalações e também no equipamento para centro tecnológico”, esclareceu.

Foram também aprovados apoios às entidades e organismos de cariz social, cultural, desportivo e educativo: Beneficente, Comissão de Festas de S. Gonçalo de Beiriz, Grupo Recreativo de Regufe, Santa Casa da Misericórdia, Associação de Amizade de S. Pedro de Rates, Associação Cultural e Recreativa da Matriz e Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Eulália de Balasar.

Foi confirmado pelo Executivo Municipal o lançamento da reedição de mil exemplares do livro ‘O Poveiro’, de António Santos Graça, “tal e qual a versão original, com a assinatura do autor”. O custo simbólico de venda ao público é de 5 euros por exemplar ou para “oferta às pessoas que nos visitam”, revelou Luís Diamantino.

Câmara quer Campo de Tiro de Rates a Honrar o Nome

Cancelado o contrato de comodato que tinha com o Clube de Tiro de São Pedro de Rates, a Câmara Municipal voltou a assumir a pertença do espaço, “era o único protocolo que tinha, numa relação de confiança, com objectivos estratégicos para o Clube de Tiro de S. Pedro de Rates, para o Campo de Tiro e para a dinamização turística do concelho. O que acontece é que o Campo de Tiro de S. Pedro de Rates já não servia para nada disto neste momento. Como tal, a Câmara decidiu na última reunião tomar posse do Campo de Tiro. A partir de agora, vamos desenvolver todas as etapas para voltar a pôr a funcionar aquele espaço que é estratégico para o concelho, do ponto de vista turístico”, disse Luís Diamantino.
Quanto à empresa instalada no Campo de Tiro, assumiu que, “não tínhamos conhecimento que estava lá uma empresa a laborar, não tinha protocolo com a Câmara Municipal, poderia ter com o Clube de Tiro, mas isso é outra questão”. 

Numa visita feita pela Câmara há cerca de uma década, o Vice-presidente lembrou que “nas instalações havia uma pequena empresa de coronhas que estava lá a apoiar o Clube de Tiro. Não tem nada a ver com o que está a acontecer agora. O relatório que foi apresentado em Reunião de Câmara, diz-nos que o Campo de Tiro que é da Câmara Municipal, está a ser utilizado na totalidade por uma empresa. E isto é inadmissível”. Segundo Luís Diamantino, “o presidente da Câmara está a desenvolver contactos para podermos ter o Campo de Tiro a funcionar, aliás, como já funcionou”.

Com base no relatório apresentado, João Trocado considerou “inteiramente justificada a resolução do contrato de comodato que existia”. Entretanto, foi notícia que a entidade que explorava a carreira de tiro (Sociedade de Tiro do Porto) para tiro à pistola teceu duras críticas à actuação da Câmara Municipal, dizendo que “o presidente se tinha recusado receber essa entidade que tem quase 100 anos e provas dadas no desporto de competição na área de tiro”. 

O Vereador socialista disse ainda que o Vice-presidente, Luis Diamantino esclareceu: “uma vez que não existia nenhum protocolo entre a Câmara e esse clube, mas antes com o Clube de Tiro de São Pedro de Rates, portanto, o clube que neste caso estará a violar aqueles que eram os seus deveres, de acordo com o protocolo que existia, e que lhes dava uso do espaço e o comodato do espaço durante o período que agora foi interrompido, que não se justificaria receber essa entidade. Ficamos esclarecidos, não temos que concordar nem discordar deste relacionamento que o senhor presidente tem com as associações e os clubes que estão aqui sediados e aqui praticam a sua actividade e o desenvolvimento desportivo no concelho, mas essas duras críticas para nós mereceram interrogações, uma vez que, no fundo, há aqui uma acusação de conluio entre a Câmara e o Clube de Tiro de São Pedro de Rates com o objectivo de expulsar a Sociedade de Tiro do Porto, tese essa que nós não acompanhamos, mas também não deixamos de acompanhar. Queremos ser esclarecidos sobre isso”.

João Trocado mostrou-se também preocupado com a situação “do coronheiro que lá laborava. Pelos vistos, tem cerca de uma dezena de funcionários. Com certeza irá encontrar outro local para laborar, mas acautelar essa situação para nós é importante”.

Por: José Peixoto

partilhar Facebook
Banner Publicitário