O Executivo Municipal aprovou no dia 16 de Julho, em Reunião de Câmara, por unanimidade a adjudicação da empreitada de requalificação e ampliação da Escola dos Sininhos, no valor de 1.760 mil euros, com um prazo de execução de 400 dias.
A tão desejada obra deverá avançar após a celebração do contrato com a empresa vencedora do concurso público, J. da Silva Faria e do visto do respectivo contrato pelo Tribunal de Contas.
A Vereadora do PS, Ilda Cadilhe, explicou o voto favorável do seu partido sublinhando que “as verbas serão do empréstimo contraído (8 Milhões) e que há pouco tempo foi discutido, inclusivamente em Assembleia Municipal”.
A requalificação da Escola dos Sininhos poderá alongar-se por dois anos lectivos, uma situação que Aires Pereira pretende minimizar, “naturalmente que vamos fazer um esforço para ver se ainda é possível que o ano lectivo de 2025/26 possa ter início na Escola dos Sininhos. Se não for possível iniciar logo em Setembro de 2025, creio que será em janeiro de 2026”.
O Presidente da Câmara acredita que, “durante os próximos dois meses deverão ter inicio os trabalhos. Os alunos continuarão no agrupamento ao qual pertencem, que é o agrupamento da Escola Flávio Gonçalves, a ter lá as suas aulas, a cantina, tudo o que são as instalações necessárias para o bom funcionamento da escola”.
Ainda no âmbito da educação, Aires Pereira revela que está a ser preparada uma intervenção para a Escola do Desterro: “O município irá discutir a actualização da sua Carta Educativa dentro de pouco tempo, mas há aqui uma estratégia deliberada de política de educação do município, de não desinserir estas escolas do meio urbano”.
E acrescenta que se passa “o mesmo na Escola do Século, na Escola dos Sininhos, que irá agora ser recuperada, e depois iremos também à Escola do Desterro para fazer uma intervenção como estas que temos feito com a modernização do espaço e criação de novas valências. É isso que também se pretende com estas intervenções”. para o Edil é importante referir que “eram as únicas escolas em horário duplo que vão passar a funcionar em horário normal”.
A aquisição de serviços para fornecimento de refeições nos estabelecimentos do pré-escolar, ensino básico e ensino secundário foi aprovada pela maioria PSD, com a abstenção do PS. A proposta vencedora do concurso apresentou um custo de 2,36 euros por refeição e o lanche a ser servido por 60 cêntimos. A comparticipação do Governo é de 2,75 euros, por refeição, que resulta numa margem de lucro para a autarquia.
Para Ilda Cadilhe há cada vez mais margem para que seja a Câmara Municipal a assumir o serviço como o PS vem defendendo: “quer pela qualidade que poderia ter maior controlo, quer pelo valor nutricional que também seria assegurado pelo município, e porque seria possível centralizar compras recorrendo a produtores locais, o que acabaria por ser benéfico tanto para o município como para os produtores locais”.
Construção de 48 fogos em Barreiros a Caminho da Realidade
A adjudicação da construção de 48 fogos habitacionais em regime de arrendamento apoiado, em Barreiros, foi aprovada por unanimidade pelo Executivo. Este segundo lote de habitações beneficia, também, de verbas do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência. A proposta vencedora é de 5,1 milhões de euros mais IVA, com um prazo de execução que se estende por ano e meio.
O troço Norte da Via B voltou à Reunião de Câmara para aprovação de uma verba de 223 mil euros para trabalhos suplementares que teve o voto contra do PS: “Se se recordam, a obra inicial tinha um valor de 2,3 milhões de euros. Entretanto, foram feitas expropriações, que até já se executaram, de 242 mil euros, e por isso ascendeu ali perto dos 2 milhões e meio. Agora, são precisos trabalhos complementares para esta obra, na ordem dos 223 mil euros. Se a empreitada já não se enquadrava nas nossas prioridades porque não consideramos uma obra essencial e também considerando o valor excessivo, ainda piorou com o custo das expropriações. Agora, ainda mais se agrava com estes trabalhos complementares que vêm encarecer esta obra e ascendê-la aos 2,7 milhões de euros”.
O falecimento de Maria Fernanda Pinto, mais conhecida por ‘Fernanda Poveira’ mereceu a aprovação de um voto de pesar por toda a vereação. Radicada no Brasil há mais de 60 anos, onde impulsionou a criação da Casa dos Poveiros de São Paulo, fundada a 6 de abril de 1991. Apesar da distância, visitava a sua Póvoa de Varzim, sempre que a vida se oferecia, sendo que nos últimos anos passava os meses de verão numa casa no centro da Matriz que foi em tempos sede da Câmara Municipal.
“A Dª Fernanda vinha sempre pela altura do São Pedro e só ia depois da Senhora das Dores. Foi uma pessoa que teve um papel muito importante em São Paulo, nomeadamente com a criação da Casa dos Poveiros de São Paulo, e era uma pessoa que extravasava o seu ‘poveirismo’ onde quer que estivesse, quer na sua forma de vestir, quer na forma apaixonada como falava da Póvoa de Varzim. Teve uma longa vida, faleceu com mais de 90 anos, mas teve sempre uma ligação às instituições da terra. Era inclusive madrinha de algumas associações na Póvoa de Varzim. Merece-nos, naturalmente toda a consideração e a aprovação de um voto de pesar, que será endereçado à Casa dos Poveiros de São Paulo e à família”, sublinhou Aires Pereira.
Notócia completa na edição em papel de 24 de Julho 2024
Por: José Peixoto
