Voz da Póvoa
 
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Degradação da Igreja Românica de Rates Chegou ao Parlamento

Degradação da Igreja Românica de Rates Chegou ao Parlamento

Política | 15 Junho 2023

 

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre a preocupante degradação da Igreja de São Pedro de Rates, classificada como Monumento Nacional pelo Decreto nº 136 de 23 de junho de 1910.

A tipologia da Igreja de São Pedro de Rates é românico, foi mandada construir pelo Conde D. Henrique, entre os anos 1096 e 1100, no séc. XI, com alterações reconstrutivas nos séculos XIII, XV, XVII e XVIII.

Segundo a Direção-Geral do Património Cultural é um "monumento nuclear da nossa arte românica. Devido às diferentes cronologias e oficinas da sua fábrica, que se deduz morosa, apontando para prováveis alterações de planos, apresenta numerosas anomalias e irregularidades visíveis na estrutura dos pilares, na distribuição das colunas ao longo dos muros, na colocação das frestas, na aplicação dos contrafortes, bem como na falta de uniformidade dos alçados (REAL 1982 / 14 - 15), transformando-a assim numa das igrejas mais curiosas desse período. Vestígios de um templo pré-românico”.

O templo cristão é visita diária de centenas de peregrinos do Caminho de Santiago e é palco do Ciclo de Música Sacra e do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim.

O importante monumento, está a degradar-se e precisar de obras imediatas, segundo os relatos, as paredes interiores estão cobertas de musgo, o telhado tem telhas partidas e com arbustos, vários vitrais partidos, o pórtico principal está em fase de degradação avançada, chove no interior e junto ao quadro elétrico. A situação está a preocupar a população, autarcas e visitantes.

A Direção Regional da Cultura do Norte, em 2019, efetuou o levantamento de todas as fragilidades da igreja e afirma estar a par da degradação do monumento nacional, mas não pode efetuar as obras por estas estarem sob alçada da Direção-Geral do Tesouro e Finanças.
O Bloco de Esquerda considera “esta situação preocupante e fundamental saber qual a posição do Ministério da Cultura sobre esta situação, bem como, quais as diligências que serão desencadeadas para assegurar a integridade arquitetónica deste monumento nacional”.

Na pergunta endereçada ao ministério da cultura, os deputados pretendem saber que “medidas imediatas e urgentes pretende o ministério para proteger o monumento nacional e qual o prazo para a intervenção no monumento”. E por fim, “saber que diligências vão ser tomadas pelo ministério, em parceria com a Direção-Geral do Tesouro e Finanças para que as obras avancem o mais rápido possível”. 

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