Realizou-se no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no dia 7 de Outubro a última Reunião de Câmara antes das eleições autárquicas, onde foram aprovadas, entre outras, a abertura do concurso público para a criação da creche e jardim-de-infância na antiga escola da Nossa Senhora da Saúde, em Laúndos, uma obra orçada em 1,4 milhões de euros, e financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “daí a urgência em lançar este procedimento que vem naturalmente resolver o problema de Laúndos nesta matéria. A nova valência a construir irá albergar 42 crianças para a creche e associado haverá um jardim-de-infância com capacidade para 25 crianças”, revelou no final da reunião Aires Pereira.
Aberto o concurso público deverá demorar cerca de 60 dias até se dar início à empreitada. A abertura da creche deverá ser possível durante o próximo ano, Setembro de 2026, devido ao prazo de execução do PRR.
O Presidente da Câmara esclareceu que “a ideia é criar um conjunto de valências de creches uma vez que este financiamento do PRR torna isso possível. Como existe também um apoio para as crianças frequentarem as creches, isso veio trazer uma necessidade acrescida e percebeu-se que os equipamentos que hoje existem, já não têm capacidade para a quantidade de crianças que está a chegar a estas creches, daí estarmos com este investimento. Se criarmos uma creche em cada freguesia passará a haver esta oferta pública para suprir essas dificuldades, inclusive na cidade”. Em relação ao edifício da Obra de Santa Zita adquirido pelo município, o Edil revelou que “o projecto está concluído e vão iniciar-se as obras”.
Durante a Reunião foi ainda aprovada a transferência de competências no domínio da educação para os agrupamentos escolares, e alguns subsídios que estavam ainda por resolver: “Para a Comissão de Festas da Nossa Senhora da Boa Viagem que se realizou no final do mês de Julho e à Juvenorte, que é a nossa comparticipação para os tapetes da Nossa Senhora do Desterro e da procissão de S. José de Ribamar”.
Marcaram presença nesta Reunião os Vereadores do PS, Cristiana Fernandes e Paulo Eça, em substituição de João Trocado e Ilda Cadilhe, respectivamente. Por coincidência, os dois vereadores que acabaram por fazer este papel de substituição durante os quatro anos, sempre que foi necessário.
Cristiana Fernandes começou por realçar que o trabalho e desempenho do partido foi com sentido de missão: “colocámos os poveiros sempre em primeiro lugar. Preparámos ao longo destes quatro anos as reuniões com sentido de responsabilidade”.
Quanto aos assuntos em Reunião, “tivemos umas adendas a contratos de transferência de competências no domínio da Educação, da delegação de competências. Essencialmente, tem a ver com a actualização de valores, o aumento de preços que temos vindo a assistir, foi necessária esta actualização com a qual concordamos, que totaliza 73 mil e 800 euros. Houve também uma série de apoios que tiveram a nossa concordância”. Com destaque para “a abertura de um procedimento para a construção de uma creche em Laúndos para acolher 42 crianças, com um valor de 1,4 milhões de euros, que mereceu a nossa concordância. Para nós é importante este tipo de equipamentos no nosso município e na freguesia de Laúndos”.
Em jeito de despedida do actual mandato, a Vereadora Socialista reforçou que “as reuniões decorreram sempre com cordialidade, com respeito entre as partes. No que tivemos que concordar, sentindo que era a nossa opinião e colocando a Póvoa e os Poveiros em primeiro lugar, votámos a favor. Aquilo que não conseguimos concordar e que não merecia a nossa aprovação, fizemo-lo sempre com um sentido, sem ser do contra, mas sempre oferecendo uma solução”. E enumera: “Foi assim quando falamos dos 400 metros de viaduto que foi construído por 3,2 milhões de euros, quando havia uma alternativa a 100 metros, foi assim quando apresentamos as nossas propostas para o Plano de Pormenor E54, e foi assim também quando nos manifestamos contra as obras de remendo na rotunda, à entrada da cidade, que totalizaram 800 mil euros, reforçando sempre que achávamos que havia uma alternativa com uma verdadeira solução, para uma situação que continua caótica”.
Para Cristiana Fernandes, sempre que discordámos da posição da maioria deste executivo, fizemo-lo apresentando soluções de bom senso, e aquilo que se revelou foi, muitas vezes, e por pena nossa, que de facto se veio a comprovar o desperdício de recursos”. E concluiu: “É um gosto servir a Póvoa e servir os poveiros”.
Por: José Peixoto