Voz da Póvoa
 
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Concelho Metropolitano do Porto Chumba Eólicas Offshore

Concelho Metropolitano do Porto Chumba Eólicas Offshore

Política | 29 Julho 2023

 

Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e representante da Área Metropolitana do Porto junto da Comissão Consultiva para a elaboração do Plano de Afetação das Áreas Marítimas para a Exploração de Energias Renováveis (CC-PAER), anunciou a intenção de votar contra a proposta final deste Plano, posição partilhada pelos 17 restantes autarcas do Conselho Metropolitano realizado na tarde de sexta-feira.

Na nota de imprensa enviada às redacções pode ler-se que “o PAER é um plano definido pelo Governo, com o objectivo de atingir uma capacidade instalada de torres eólicas offshore de 10 gigawatt até 2030; mas cuja execução irá condicionar a pesca artesanal no Norte do País, colocando em causa a continuidade da actividade dos profissionais do sector”.

Ao longo dos últimos 30 dias, foram apresentadas versões deste mesmo plano, "de forma apressada e mal explicada", às quais foram apresentadas diversas soluções pela Área Metropolitana do Porto. "Por muito que queiramos estar na vanguarda ao nível da produção de energias renováveis, não podemos nunca aceitar que isso seja feito à custa de um irremediável prejuízo da economia da região nem, muito menos, colocando em causa o futuro de centenas de famílias e de milhares de pessoas cujos rendimentos dependem da pesca", sublinhou Aires Pereira.

A versão final foi apresentada na sexta-feira e prepara-se para ser votada já na próxima segunda-feira, em Lisboa. Levantando dúvidas a Aires Pereira quanto à "pressa para analisar, num só fim-de-semana, um documento extremamente técnico e complexo". O Edul poveiro comunicou que vai participar da votação e dará parecer negativo, em nome dos 17 presidentes de câmara que compõem o Conselho Metropolitano do Porto, a um plano "cujo impacto negativo para os sectores da pesca, hotelaria e turismo ainda está por calcular".

Segundo a nota de imprensa, “o processo que levou ao PAER mereceu duras críticas da parte da Póvoa de Varzim, assim como pelas restantes autarquias da AMP afectadas pelo PAER, é o caso de Vila do Conde, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia e Espinho. Juntos, estes Municípios subscreveram com várias associações de pesca locais da região Norte uma Pronúncia Conjunta com vista a apresentar soluções para evitar o pior cenário, mas que infelizmente não foram todas consideradas".

Para que não restem dívidas quanto às intenções do Conselho Metropolitano do Porto, Aires Pereira afirmou que "a Área Metropolitana do Porto não é contra as energias renováveis. Somos contra processos conduzidos em cima do joelho, sem a devida sustentação e sem estudos de impacto ambiental, social e económico que expliquem o porquê de querermos determinadas soluções", concluiu.

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