Na Reunião do Executivo, do dia 7 de Junho, o Presidente da Câmara Aires Pereira revelou que o campo de futebol de 11 do novo complexo desportivo de Aver-o-Mar deverá estar pronto a receber jogos no início da época de 2022/23: “As obras estão a avançar a bom ritmo. Em princípio, deverá estar em condições para o início da próxima época”, ressalvando que se trata apenas da primeira fase da empreitada, que engloba o campo de futebol de 11, os balneários e os acessos. Terminada esta fase segue “a construção de um campo de futebol de 7”, disse o Edil e acrescentou não ter “nenhuma razão de preocupação em relação a esta obra”.
Foi aprovada a requalificação da faixa a poente da marginal de Aver-o-Mar, num montante de aproximadamente 350 mil euros, um investimento que surge na sequência da anterior aprovação da adjudicação da construção do campo de futebol de Aver-o-Mar. Esta obra pretende adequar o sistema de rega dos campos de futebol, efectuar alterações nas redes de drenagem de águas residuais e pluviais de modo a suprir debilidades e rever o projecto de abastecimento de água, para racionalizar os consumos.
A empreitada, de dois milhões de euros, adjudicada ao Grupo CCR, segundo o vereador Socialista, João Trocado, foi alvo de nova adjudicação por trabalhos a mais: “O empreiteiro, logo após a consignação dos trabalhos, a seguir à fase de decisão do concurso público, nos 60 dias depois, identificou no imediato mais de 200 mil euros de erros e omissões, o que fez encarecer a obra”. E esclarece que “tendo em conta que o Município já tem bastante experiência em complexos desportivos e campos de futebol, não se justifica e merece a nossa crítica. Nesse ponto votámos contra”.
Respeitando um compromisso assumido, o executivo aprovou a abertura de um concurso público “para a conclusão da Rua Rocha Peixoto e do acesso pedonal ao parque de estacionamento do quartel”, inaugurado há menos de um ano. O orçamento é de meio milhão de euros e prevê “uma entrada nova para o parque da Matriz, fazendo recuar aquele muro que hoje conhecem como o acesso ao parque de estacionamento da Polícia Municipal. Dessa forma, as pessoas podem ter um acesso sem ter de dar a volta para o parque de estacionamento”, explicou Aires Pereira, assumindo que “a Póvoa de Varzim irá continuar, assim, a ser de todos e para todos”.
Em relação à suspensão da demolição da antiga Praça de Touros, a mesma vai ser alvo de uma inspecção, pedida pela PATRIPOVE – Associação de Defesa e Consolidação do Património Poveiro, que interpôs em Novembro de 2020, uma acção em tribunal contra a demolição do equipamento.
Aires Pereira explicou no final da reunião de Câmara que, “foi requerida uma peritagem, apesar de já estar resolvida a questão da anulação da suspensão da demolição. Como não é possível avançar com a demolição sem a peritagem estar feita, estamos à espera que o tribunal decida”. Razão pela qual foi feita uma alteração ao Orçamento para 2022 e anulado “parte do investimento que tínhamos previsto para este ano no Póvoa Arena. Uma vez que não temos a certeza de quando a obra vai começar, disponibilizamos esse dinheiro para outras empreitadas e, logo que o Póvoa Arena se reinicie, faremos a correção necessária”, garantiu o Edil.
Por seu lado, João Trocado descreveu a alteração orçamental como uma “diminuição, quase eliminação da verba destinada ao Póvoa Arena para 2022, porque ao contrário do que tinha sido noticiado, a obra continua suspensa”.
Durante a reunião do executivo, o socialista sugeriu também uma reunião com a empresa Metro do Porto para tornar possível um aumento de frequência das composições na linha vermelha, que liga a Póvoa ao Porto, durante a noitada de S. Pedro, no período entre a 1h00 da madrugada e as 6h00.
Depois de Aires Pereira ter afirmado estar a ponderar a saída da Póvoa de Varzim da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), afirmou no final da reunião de Câmara que “desde que nós avançámos com estas questões, tudo mudou”. E admitiu que “as alterações que, entretanto, foram sendo assumidas, quer da parte do Governo, com a marcação de uma reunião com os autarcas, quer por parte da ANMP com a convocação de um congresso extraordinário, ainda a assunção de responsabilidades por parte do senhor presidente da República, que disse que seria inaceitável que o Orçamento de 2023 não contemplasse as verbas que resultam do diferencial apurado relativamente à descentralização” pode reverter a posição.
O Presidente da Câmara sublinhou a importância do próximo Orçamento de Estado: “É importante que o Governo se disponibilize para este diálogo que devia ter acontecido antes do dia 1 de Abril, mas que não aconteceu”.
João Trocado diz esperar uma decisão definitiva de Aires Pereira para opinar sobre a situação.