O auditório da Junta de Freguesia da Póvoa de Varzim foi o local escolhido pela Organização do PCP da Póvoa de Varzim para a realização, no dia 18 de Janeiro, da Assembleia do partido onde foi analisada e votada uma Resolução Política. O documento aprovado por unanimidade retrata a situação política e social da Póvoa, faz uma avaliação da actividade partidária desde a última assembleia, há 4 anos, e define linhas orientadoras para o reforço e intervenção política do PCP junto dos cidadãos poveiros.
A Assembleia serviu também para aprovar por unanimidade a composição da nova Comissão Concelhia, composta por 16 membros, onde se regista a entrada de quatro novos elementos: António Fernando Moreira, Célia Vareiro, Catarina Feiteira, Dores Cunha, Fernando Oliveira, Guilherme Festas, Inês Ferreira, João Miguel Martins, Jorge Machado, José Rui Ferreira, Luã Nova, Mónika Varga, Miguel Andrade, Nuno Rodrigues, Rui Lopes, Sabrina Margarido.
Para o PCP da Póvoa de Varzim, trata-se de uma “renovação e rejuvenescimento da Comissão Concelhia, cuja entrada de 4 novos membros, todos com menos de 30 anos, permite conjugar experiência acumulada com quadros em formação, com uma média de idades de 45,9 anos, 37% de mulheres, 44% de operários e empregados, 44% de intelectuais e quadros técnicos e 12% de pequenos empresários, respondendo à identidade de classe do PCP e à realidade da organização”.
Foi ainda aprovada em Assembleia uma moção "Pela Paz! Contra a Guerra", num momento de “solidariedade com os povos que sofrem com a guerra.
Sob o lema "Um PCP mais forte por uma Póvoa de Abril. Tomar a iniciativa. Organizar. Lutar." Foram discutidos os problemas da saúde como “a construção do novo hospital”, mas também “a habitação e o que não avançou no plano público”, sem esquecer a educação como “a carta educativa”, mas há mais: “a mobilidade e transportes, as portagens e a rede UNIR, a cultura e a liberdade da sua fruição e acesso, a agricultura, pescas e os seus apoios, direitos dos trabalhadores, nomeadamente salários, horários e precariedade” foram abordados.
Do ponto de vista político a gestão PSD da Câmara e Assembleia Municipal, que segundo os comunistas, “deu sempre prioridade a obras de grande dimensão que não respondem aos reais problemas da população”. Assim como, “a ausência de uma visão estratégica para o concelho marcou o mandato autárquico do PSD que importa combater, optando por uma estratégia que terá de passar pelo aumento da população residente com condições, a criação de emprego com direitos e melhoria das condições de vida, assegurando um vasto conjunto de serviços públicos de qualidade”.
Para o PCP, “por muito que se esforcem em mostrar outras caras no plano local, PS/PSD/CDS formam o bloco central de interesses que os seus sucedâneos reaccionários do CH e IL também defendem, implicando consequências de degradação das condições de vida de quem vive e trabalha na Póvoa de Varzim”.
Numa análise ao trabalho do partido nos últimos 4 anos, “foram marcados por uma intensa actividade do colectivo partidário no concelho junto das populações e dos trabalhadores em dezenas de empresas, com empenho, determinação e coragem de um conjunto significativo de militantes, mas também independentes, que permitiram a realização de inúmeras iniciativas e acções”.
Foram também discutidas “as debilidades e dificuldades decorrentes, seja dos problemas e insuficiências da organização, seja por linhas de ataque e condicionamento que impõem ao PCP”, assume e alerta o partido.
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