Voz da Póvoa
 
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Com Catarina Martins "o que é demais é demais!"

Com Catarina Martins "o que é demais é demais!"

Política | 5 Dezembro 2022

 

No domingo o Bloco de Esquerda esteve numa ação inserida na campanha "o que é demais é demais!" com a coordenadora do BE Catarina Martins, junto da população e feirantes da Estela no espaço da feira semanal.

“A inflação é um assalto a quem trabalha e a resposta do governo à crise só está a agravar as condições de vida das pessoas, como por exemplo com o congelamento de salários e a ausência de controlo de preços dos bens essenciais. Portugal é um dos países em que os salários mais perderam poder de compra com a inflação, segundo a OCDE. Com salários estagnados e a inflação já próxima dos 10%, quem vive do seu trabalho perde o equivalente a um mês de salário ou pensão no ano”, pode ler-se na nota de imprensa do BE.

Catarina Martins considerou "absolutamente incompreensível a decisão do governo de subir o ISP e com isso anular a descida esperada esta segunda-feira dos combustíveis". Para a coordenadora do Bloco, os combustíveis "têm tido preços absurdos que impedem toda a economia e a atuação do governo ao não permitir a baixa de preços vai prejudicar toda a gente".

A medida “soma-se a todas as outras com que o governo escolheu responder à crise, mas acabaram por a agravar". Isto é "congelar salários e não permitir que acompanhem a inflação" e "não controlar os preços dos bens essenciais", fazendo com que "Portugal seja dos países onde os bens alimentares mais sobem". Para além do ISP é preciso descer "o IVA sobre a maior parte da eletricidade, ou sobre o gás natural é algo que não tem nenhum sentido quando as pessoas precisam de aquecer a casa", descidas que têm de ser sempre acompanhadas, insiste-se, "por controlo de preços. Senão vão ficar as petrolíferas e os grandes produtores de energia com o dinheiro que não é cobrado de impostos".

À margem da visita à feira, ao ser questionada por jornalistas, Catarina Martins comentou acerca da falta de resposta do SNS, "falta seguramente resposta no SNS" e lembrou que "a madrugada de hoje voltou a ter, nas urgências, mais de 10 horas de espera em atendimentos que seriam urgentes" como no Hospital da Póvoa de Varzim ou no Santa Maria, em Lisboa. São precisos profissionais com "salários dignos para se entregarem em exclusividade ao SNS com progressão na carreira e condições de trabalho".

Outra das questões colocadas, foi a da lei da eutanásia: "não há nenhuma razão para que em Portugal não tenhamos uma lei com esse respeito pelas pessoas que no fim da vida estão em grande sofrimento" já que há "maioria no Parlamento para ultrapassar um veto". Sublinhou que "trabalhámos muito por ela" e que "João Semedo foi um dos seus proponentes e estou certa que vamos ter a lei João Semedo finalmente", acrescentou Catarina Martins.

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