Voz da Póvoa
 
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Cluster Empresarial vai Nascer em Laúndos

Cluster Empresarial vai Nascer em Laúndos

Política | 7 Janeiro 2024

 

O Executivo municipal aprovou por unanimidade na Reunião de Câmara realizada, no dia 19 de Dezembro, a suspensão parcial do Plano Director Municipal da Póvoa de Varzim. O objectivo passa por possibilitar a construção, pela Lipor em terrenos de sua propriedade situados entre a zona industrial e o aeródromo, de um Centro de Excelência de Resíduos em Laúndos, para atrair empresas e fixar um cluster no concelho ao nível da economia circular e da sustentabilidade ambiental, “de grande relevância nacional e internacional”, segundo Aires Pereira.

O projecto que poderá avançar ainda durante o mês de Janeiro, “nos cerca de 60
hectares de terreno que adquiriu por via negocial, a construção deste centro de excelência para as economias do século XXI e XXII, relacionadas com a economia circular e com a utilização de matérias-primas secundárias, de forma a termos um mundo mais sustentável, contribuirmos para a redução da emissão de gases com efeito de estufa, e ao mesmo tempo, contribuir para a economia local com a fixação e criação de postos de trabalho nesta área tão exigente”, referiu o Presidente de Câmara.

Embora, ainda não seja possível avançar com um número de empresas a instalar, a proposta prevê a construção “de cerca de 450 mil metros quadrados de área coberta. Depois, depende das indústrias e da área que necessitam”. Mas, afirma que “será um novo pólo industrial das indústrias 2.0 e será, sem sombra de dúvida, um cluster de referência nacional e internacional na área da economia circular e da sustentabilidade”.

Por sua vez, João Trocado, em relação ao projecto da Lipor num terreno para o qual estava destinado um aterro sanitário, mas que não será necessário, votou favoravelmente a proposta e apoiou a iniciativa depois de ver respondidas algumas questões: “Tem a ver com a forma como foram adquiridos os terrenos, porque se tivessem sido feitos por expropriação, agora haveria um destino diferente para esse terreno e isto poderia trazer problemas, porque as pessoas teriam sido expropriadas para esse fim e, havendo uma alteração de finalidade, poderia haver problemas jurídicos, mas não há. A conversão do solo rural em urbanizável também parece estar acautelada. Tudo o que tem que ver com as linhas de água que lá passam, a própria Comissão de Coordenação fará essa fiscalização e essa validação”. No fundo, a suspensão do PDM naquela área, segundo o Vereador Socialista surge porque “a Lipor pretende fazer a candidatura aos fundos do PRR para desenvolver este projecto” e sem a conclusão do PDM que ainda vai demorar bastante tempo “esta suspensão permitirá desbloquear a candidatura ao PRR. A partir do momento que o loteamento esteja aprovado, poderão então candidatar-se a esses fundos. É esse o motivo desta suspensão parcial do PDM na Zona de Laúndos”.

Foi aprovada também a abertura de um concurso público “para o aluguer operacional para a substituição das nossas viaturas de ligeiros e contratação de viaturas cem por cento eléctricas”. E ainda no âmbito do projecto ‘Bosques pelo Clima’, uma parceria entre o Município e o Centro do Clima, foi também assinado um acordo para o “uso de um conjunto de terrenos do município para o projecto The Life Terra Foundation, para a plantação de árvores autóctones e com isso contribuir para a fixação da meta do carbono” acrescentou Aires Pereira.

Por unanimidade, foi também aprovado um voto de pesar pelo falecimento de Manuel Pinheiro, antigo presidente de Junta da Freguesia de Terroso “foi sempre uma pessoa que pautou a sua participação pública por grande cordialidade e disponibilidade”, sublinhou o Presidente da Câmara. 

A Rede Metropolitana UNIR Continua a Sofrer Ajustes

Como seria de esperar, devido à sua complexidade, a rede metropolitana de autocarros públicos, UNIR, que arrancou no primeiro dia de Dezembro de 2023, tem vindo a ser ajustada às necessidades e horários que melhor servem as populações, depois de terem sido detectados alguns problemas nas linhas que servem o concelho da Póvoa de Varzim: “Abrimos um canal que recebe todas as reclamações e sugestões porque quem anda no terreno e utiliza os transportes públicos são as pessoas que mais habilitadas estão para nos colocarem as questões”. Para o Presidente da Câmara, tendo sido identificados os constrangimentos, “estamos a trabalhar para os resolver, nomeadamente a alteração de alguns traçados, bem como a fixação dos novos horários e a divulgação das alterações”.
 
Aires Pereira reconheceu que, “as coisas não correm a 100%, como eu disse desde o início, mas têm corrido de forma muito razoável e a prova disso é que não tem havido uma contestação excessiva, como temos assistido noutros concelhos. De qualquer forma estamos atentos a todas essas sugestões e queixas. O que é preciso, é termos melhor transporte público. Com o tempo será um serviço que irá prestar aos poveiros um inestimável serviço público de transporte”. Quanto à divulgação, será feito um reforço, “para que nas paragens dos autocarros existam cartazes suficientemente grandes, visíveis e ilustrativos daquilo que é a nova rede, como é que as pessoas se podem deslocar, a que horas é que passa em cada sítio. Ou seja, uma informação mais amigável para que tenhamos todos acesso a ela”.

O assunto foi levado à Reunião pelos vereadores do PS. João Trocado revelou que a explicação dada pelo vereador da Mobilidade é de “que tem havido reuniões com o operador na Área Metropolitana do Porto e que está previsto que as alterações mais prementes e necessárias, para dar resposta às necessidades identificadas por sugestão e reclamação dos munícipes, estarão para ser implementadas até ao final do ano (2023) ”. A data-limite será – segundo Luís Ramos, a 2 de janeiro – a partir desse momento, os principais problemas deverão estar resolvidos”.

Reconhecendo que a responsabilidade não é exclusiva do município, “continuamos a ter alguma perplexidade com a falta de afixação dos horários e de explicação em dar o conhecimento aos munícipes e aos utentes e àqueles que queremos que sejam utentes, mas que ainda não o são”. O Vereador Socialista não deixou de apontar “falhas pontuais com alguma gravidade, que com o tempo sabemos que serão resolvidas, mas também tem havido uma deficiente informação dos utentes”. E conclui que “a Câmara pode e deve empenhar-se o mais possível para a solução dos problemas de mobilidade do concelho”. 

A divulgação é essencial “nesse aspecto, estou de acordo com o Presidente quando diz – se o operador não faz, coloquemos nós a sinalética e a informação nas paragens. Sendo certo que os horários conhecidos são de muito difícil interpretação, como já o havia referido em reunião anterior. Continua por fazer um simplex dos horários para que as pessoas possam perceber o que têm ao seu dispor. Estamos convencidos que será uma mais-valia a curto, médio prazo para a mobilidade do concelho”, conclui João Trocado.

Por: José Peixoto

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