Voz da Póvoa
 
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Câmara Municipal Contrai Empréstimo para Obras no Concelho

Câmara Municipal Contrai Empréstimo para Obras no Concelho

Política | 7 Julho 2024

 

O Executivo Municipal debateu, na Reunião de Câmara do dia 25 de Junho, a necessidade e autorização de contrair um empréstimo de 8 milhões de euros, com o objectivo de dar rumos de obra a projectos contemplados no Plano 2030, alguns em lista de espera, mas que considera prioritários para o concelho, cujos “atrasos consecutivos na saída dos anúncios que permitem o avanço destes investimentos, não são mais compatíveis com aquilo que é o nosso plano de execução”, disse Aires Pereira.

O empréstimo vai permitir avançar com a construção do Centro Ocupacional de Beiriz; a requalificação da Escola dos Sininhos; a ampliação da rede de águas residuais domésticas em Balasar e Laúndos; a remodelação da Estação Elevatória de Aver-o-Mar, a abertura do concurso público dos arranjos exteriores do Póvoa Arena e a aquisição da Villa Georgette. Quanto à execução da Via Atlântica, um novo arruamento a construir em Aver-o-Mar entre o Cruzeiro e o complexo desportivo, já prevista no Plano Plurianual de Investimentos do município no ano corrente, implica a aquisição de 14 parcelas de terreno, com cerca de 5,4 hectares num valor próximo dos 450 mil euros. “É uma Via que faz parte de todos os planos da Póvoa de Varzim há dezenas de anos, sendo este o primeiro passo. Futuramente, irá entroncar na Avenida Repatriamento dos Poveiros”, sublinhou Presidente da Câmara.

No geral, “estas obras fazem parte de um pacote global que inclui quase 16 milhões de euros do 2030 que foram distribuídos para investimento na Póvoa de Varzim. Por força daquilo que tem sido a situação política nacional, os avisos não têm saído e, portanto, nós demos início a este procedimento”. E recorda que, “já em 2018 tínhamos feito um procedimento igual que permitiu atingirmos maturidade e depois, em sede de overbooking, acabámos por ser bastante contemplados com esse dinheiro. Agora, há esta necessidade de aceleração e, portanto, o empréstimo tem esse objectivo”.

Para João Trocado, Vereador do Partido Socialista, o empréstimo vai servir para arrancar, entre outros, com projectos que foram anunciados no primeiro mandato do actual presidente da Câmara e “será pago durante 20 anos, tendo um período de carência de capital de 3 anos. Ou seja, a responsabilidade de pagar este empréstimo vai recair noutros mandatos. Algumas das obras que estão aqui em causa são susceptíveis de candidatura ao Portugal 2030 e, portanto, há aqui uma antecipação dessas candidaturas, mas a grande maioria não. Abstivemo-nos neste ponto”.

Contudo, lembrou que “por coincidência, a última vez que a Câmara tinha feito um empréstimo para a mesma finalidade, tinha sido também um ano antes das eleições anteriores, ou seja, em 2020. Na altura, fez um empréstimo também a 20 anos, mas para um capital de 7,2 milhões de euros. A nós parece-nos claro que estes empréstimos até vêm tarde, são encostados ao final do mandato com o objetivo de acelerar as obras e poder inaugurá-las no ano eleitoral. Porque não fazer estes empréstimos mais cedo, até para poder desenvolver as obras mais rapidamente e com isso a cidade e o concelho beneficiariam. Como comentário acrescentaria que por detrás de uma decisão de gestão, há também, na nossa interpretação, uma gestão eleitoralista das finanças da Câmara”.

Aquisição do palacete Villa Georgette Aprovada por Unanimidade

Um milhão de euros é quanto vai custar a Villa Georgette, na Avenida Mouzinho de Albuquerque, um edifício histórico que poderá, segundo Aires Pereira, beneficiar de uma candidatura ao Fundo de Turismo já sinalizada: “Uma vez que houve abertura para a inclusão dessa candidatura, que tem a ver com os roteiros culturais que o Fundo de Turismo tem interesse em promover, como forma de termos um turismo que não se resume àquilo que tem sido até hoje, a praia, o sol e a hospitalidade portuguesa. Há um público que procura outro tipo de propostas e a oportunidade da aquisição da Villa-Georgette veio abrir esta possibilidade”. A autarquia pretende criar no palacete um centro de cultura e uma galeria de arte.

Notícia completa na edição em papel de 10 de Julho, do jornal A Voz da Póvoa 

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