O Bloco de Esquerda manifesta em comunicado “a sua profunda preocupação com o estado da qualidade da água balnear no concelho da Póvoa de Varzim, na sequência do aviso emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) desaconselhando banhos em seis praias, por motivos de contaminação microbiológica resultante da deteção de valores elevados de Enterococos intestinais e/ou Escherichia coli (bactérias indicadoras de poluição fecal), que representam um risco significativo para a saúde pública. De acordo com a informação publicada pela APA, as praias afetadas são a Praia Verde, Praia dos Beijinhos, Praia da Lada I e II, Praia do Hotel, e Praia da Lagoa I e II”.
A situação não é nova “no ano passado, a praia da Lagoa também esteve interdita a banhos pelas mesmas razões”, escreve o BE e acrescenta que “a qualidade da água do mar na Póvoa de Varzim assume uma importância fundamental durante a época balnear, não só pela segurança e saúde dos milhares de banhistas que frequentam as suas praias, mas também pelo impacto direto no turismo, na economia local e na imagem ambiental do concelho”.
O partido lembra que “apenas sete praias da Póvoa de Varzim foram distinguidas pelo galardão ‘Praia com Qualidade de Ouro’ 2025 da Quercus, que distingue anualmente a qualidade da água balnear das praias portuguesas, tendo exclusivamente em consideração as análises efetuadas nos laboratórios das diferentes Administrações Regionais Hidrográfica. Foram menos duas do que no ano anterior, tendo as praias da Lagoa e Zona Urbana Sul I deixado de cumprir os critérios de excelência”.
A qualidade das águas balneares “não pode ser vista apenas como uma questão de imagem ou promoção turística: é antes mais um tema de saúde pública, justiça ambiental e responsabilidade política. A Póvoa de Varzim, as poveiras e os poveiros e todas as pessoas que procuram o nosso município merecem praias seguras, limpas e dignas: a responsabilidade pela sua proteção é de todos, mas começa pelas autoridades locais”, pode ler-se no comunicado.
Como tal, o Bloco exige “transparência total na comunicação da qualidade da água e eventuais riscos para os/as banhistas, que se analisem mensalmente à água de consumo do município e as suas Estação de Tratamento de Águas Residuais, com a divulgação pública dos resultados no site e redes sociais do município, que haja um reforço dos mecanismos de monitorização e resposta rápida, bem como a criação de um protocolo com o ICBAS para a aplicação de sensores experimentais de avaliação da qualidade da água das praias da Póvoa de Varzim. Foram também endereçadas ao Governo questões sobre esta situação, procurando apurar o que ministério do ambiente pretende fazer para que situações destas não se voltem a repetir”.