Voz da Póvoa
 
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Antiga Escola de Laúndos vai Receber Creche e Jardim de Infância

Antiga Escola de Laúndos vai Receber Creche e Jardim de Infância

Política | 2 Dezembro 2024

 

A Escola Básica Nossa Senhora da Saúde, em Laúndos, que tem já a funcionar um jardim-de-infância irá também acolher uma creche com capacidade para 42 crianças até aos 36 meses. O executivo aprovou em Reunião de Câmara realizada, no dia 26 de Novembro, o projecto de execução da empreitada que irá custar cerca de 1,5 milhões de euros, será objecto de uma candidatura aos fundos do Portugal 2030, e é espectável que possa obter uma comparticipação de 85%. A futura creche terá capacidade para 42 crianças até aos 36 meses, para além da sala de Jardim de Infância.

Segundo o Vice-presidente da Câmara, Luís Diamantino, embora a prioridade seja “para as crianças da freguesia. Depois, será aberto até à sua lotação, logicamente. Agora não há residência para as escolas. Podem vir de outros concelhos para as nossas escolas, podem ir do nosso concelho para outras escolas fora. Há outros critérios que prevalecem sobre o da residência”.

Ainda nesta freguesia está prevista a conclusão da primeira fase da obra do Centro Pastoral e Paroquial de S. Miguel de Laúndos, um investimento de 712 mil euros que contará com o apoio de 250 mil euros, aprovado na Reunião. Entre outras valências, incluirá um auditório e a sede do Agrupamento de Escuteiros.

“Vai servir não só de Centro Paroquial, mas também a comunidade. Eu acho que é importante criarmos um centro cultural em cada freguesia. Vamos também criar um auditório em Rates para a Escola de Música daquela vila”. Luís Diamantino, sendo também Vereador da Cultura e da Educação, acrescenta que o executivo vai, “passo a passo, incluindo nas freguesias também esses espaços para actividades culturais, que é muito importante, tanto ou mais importante que espaços desportivos”.

Foi também aprovada a atribuição de um subsídio de 87 mil euros à associação “Os Golfinhos – Associação de Nadadores Salvadores”, pelo desenvolvimento do seu Plano de Actividades durante o corrente ano de 2024, que inclui a vigilância nas praias na época balnear e fora desta. O montante, segundo Luís Diamantino, abrange o final da época balnear até Novembro: “Para o próximo ano vamos começar em Março e acabar em Novembro. Aí já será um apoio mais elevado”.

Quanto à implementação do projecto vencedor do Orçamento Participativo Jovem de 2023, ‘Lançar para Salvar’, que previa a colocação de 50 bóias em toda a extensão das praias do concelho, assim como de placas informativas, ainda não há data para a sua implementação, mas “o projecto está na fase final” avançou Luís Diamantino.

Entre algumas questões colocadas na Reunião de Câmara, o PS quis saber o ponto da situação das obras da Nacional 205 que atravessa as freguesias de Amorim, Terroso e Laúndos, e não sendo da responsabilidade do município, mas das Infraestruturas de Portugal (IP), segundo João Trocado “já foi feita e refeita e voltaram a repor o piso. Entretanto, ainda não fizeram as marcações, as pinturas no piso”.

Luís Diamantino respondeu que “a Câmara sempre insistiu com as IP para fazer o que devia porque é um assunto da sua competência”. E adianta: “Estamos a acompanhar, mas a fiscalização é do dono da obra”. O atraso, ao que tudo indica, deveu-se a um diferendo entre as IP e o empreiteiro da obra, entretanto resolvido. 

PS quer Respostas Eficazes no Combate à Violência Doméstica 

Tendo em conta a sessão pública no Diana-Bar promovida pela secção local da Ordem dos Advogados no dia 6 de Novembro, sobre violência doméstica onde uma vítima revelou que pediu ajuda nos serviços da Câmara Municipal, mas o resultado não foi o desejado, os Vereadores do PS levaram o assunto à Reunião de Câmara.

“A vereadora respondeu-nos que tem consciência que, por vezes, as respostas que se dão às pessoas não são as respostas ideais, são aquelas que dentro do quadro político, legal, jurídico e prático são as possíveis em determinada altura, e assegurou-nos que a relação existente entre a Câmara e a Cruz Vermelha, que é quem operacionaliza no terreno a resposta a este tipo de situações, é uma boa relação e que tem um serviço de qualidade, que nós pudemos também em conversa com a Cruz vermelha, conhecer”, frisou João Trocado.

Reconhecendo a importância destes serviços o Vereador sugere que os técnicos sendo muitas vezes o primeiro contacto das vítimas, possam ser sensibilizados para uma maior humanização nas respostas: “É um tema que nos preocupa imenso e que deve preocupar toda a sociedade, inclusive a sociedade poveira, sendo o crime mais prevalente no nosso concelho. Deve ser alvo de uma resposta política mais eficaz e maior na nossa opinião”.
Por sua vez, Luís Diamantino, além de lembrar que a Vereadora da Coesão Social, Andrea Silva, explicou o assunto na Reunião de Câmara, destacou o protocolo com a delegação da Cruz Vermelha da Póvoa de Varzim, e acrescentou: “temos uma casa-abrigo que é um apartamento para vítimas de violência doméstica”.

Quanto ao apoio, “a Câmara Municipal tem prestado apoio per si no que diz respeito a apoio financeiro, vai ao Fundo de Emergência Social e apoia as vítimas. A delegação da Cruz Vermelha tem os técnicos formados, preparados para acompanhar todo esse processo. No entanto, há a expectativa da vítima, que não casa muitas vezes com a morosidade do processo. E todos nós sabemos que é assim. Queixamo-nos sempre de que as coisas não funcionam, mas que tem patamares de resolução, e é isso que nós temos de entender. A vítima quando o revela já é um processo de coragem e que temos que acompanhar”. Nos casos que foram apresentados, “a Câmara Municipal também acompanhou o processo e a Cruz Vermelha fez o mesmo. Agora, a expectativa que a vítima tem é que a solução apareça de imediato e que resolva todo o assunto, mas isso não é possível aqui nem é possível em nenhum lado”, concluiu.

Por: José Peixoto

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