Morreu José "Pepe" Mujica, filósofo, revolucionário, humanista, profeta da liberdade. Antigo guerrilheiro, senador e presidente do Uruguai, "Pepe" Mujica foi um crítico feroz do consumismo, do capitalismo e do uso desenfreado das novas tecnologias. Apelou aos valores do amor, da solidariedade, da defesa da natureza. Esteve preso mais de uma década sob a sangrenta ditadura militar que governou o Uruguai na década de 70 e início dos anos 80. Enquanto Presidente, nunca quis as benesses e as regalias da corte, levando uma vida humilde, junto da sua mulher e das suas flores. Esteve sempre ao lado do seu povo, que o amava. É um ídolo para os idealistas de esquerda de todo o mundo.
Para Pepe Mujica, "A única liberdade está na cabeça e chama-se vontade. Se não a usamos não somos livres."
"Tudo é negócio! O homem comum do nosso tempo vagueia entre instituições financeiras e a rotina entediante dos escritórios. Sonha em poder pagar as suas contas, até que um dia o seu coração pára."
"Esta é uma civilização contra a simplicidade, contra a sobriedade, contra todos os ciclos naturais, e contra as coisas mais importantes da vida. Aventura. Solidariedade. Família. Amizade. Amor. A crise é mesmo a impotência da política. Mas, hoje, é hora de começar a lutar.", acrescenta.
Que diferença. Que diferença, Deus meu, para os politiqueiros e vendilhões que por aí andam.
António Pedro Ribeiro, sociólogo, poeta e pensador
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