Voz da Póvoa
 
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AO MEU PAI, ANTÓNIO

AO MEU PAI, ANTÓNIO

Pessoas | 19 Março 2025

 

Hoje, Pai, falaste comigo. Disseste que eu era Jesus e que estava salvo. Depois João baptizou-me nas águas. E mesmo que as mãos me tremam e o braço falhe, sei que hoje é um dia que perdurará para sempre. Escrevo com a minha própria vida, com o meu próprio sangue. E sei que tu estás em mim, G., no Bom Jesus. E sei que tu sofres, Mãe. No entanto, Satã continua a combater-me. Mas eu já não tenho medo. Porque estou em Jesus. "Exércitos que me perseguem, exércitos que me protegem...". As mulheres acalmam-me, tranquilizam-me. Mas há homens que ainda me desafiam. Coitados... Homens pequenos. A soberba, Pedro, a soberba...

António Pedro Ribeiro, Sociólogo e poeta do desassossego

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