Voz da Póvoa
 
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Viagem em Balão pelo direito à esquerda da extrema-direita

Viagem em Balão pelo direito à esquerda da extrema-direita

Opinião | 2 Agosto 2025

 

As bestas e as vespas num animal só ou o deleite da impunidade democrática. O bicho atropela a Anta em que abreviadamente nos replicaram. A inércia das demais criaturas assiste ao apagão da memoração, ao aniquilamento dos direitos, das liberdades, das garantias, das diferenças, das instituições. Trump a Nobel da Paz por sugestão do seu criminoso Benjamin israelita, quem sabe, um futuro laureado Nobel da Física invasora ou da química do extermínio. Uma verdadeira experimentação Nobel ao teste do algodão sueco ou da entronização dos ditadores democráticos.

O Montenegro não só enganou a AD como contornou o Ventura pela extrema-direita da lei da Nacionalidade e Imigração, e outras ainda mais estrangeiras. Da propaganda ‘Salvar Portugal’ sobra um país ligado à máquina, à espoliação do que ainda é pertença do Estado. Vendem-nos graciosamente a ideia de que os privados são muito bons a gerir a causa pública, principalmente o dinheiro, por isso, o Serviço Nacional de Saúde definha na ementa solidária do Juramento de Hipócrates. Mas, esta crónica não é uma doença, é um paliativo.

Nascer em casa ou na ambulância volta a ser uma prioridade dos pobres, quanto aos remediados ou abastados, cada um na sua indiferença. Falta tirar olhos para valer tudo, talvez por isso os olhos fechados dos portugueses sejam cada vez mais. 

As demolições de barracas clandestinas em Loures só têm uma explicação para a justificada desumanização – são pretos. Dói, eu sei que dói, mas é esta a realidade de quem sem maioria se aconchega ao partido do André. Enquanto não muda a constituição, paz, pão, habitação, saúde, são direitos.
   
É cedo para ter medo. O investimento na nossa defesa custa a rua e a vontade de unir a força suficiente que faça ruir estes cordeiros extremistas, fascistas e outros hinos que se alimentam da ignorância do deixa andar e da desgraça da morte transformada em destino. Para conseguir a paz não precisamos contrair empréstimos de guerra.

As manifestações pelo fim da agressão na Palestina ou na Ucrânia são de louvar, mas insuficientes. O Mundo precisa parar todas as guerras, a tortura, o genocídio, a intolerância, a não-aceitação das diferenças. 

A liberdade precisa de paz, a paz precisa da nossa liberdade. Nenhum Tratado assinado é eterno. A rua é o único lugar onde todas as conquistas ou reivindicações foram conseguidas, mesmo que para o conseguir seja necessária a insurreição. Quando o povo é unido, eles obedecem ou desaparecem. 

Júlio Verme

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