Voz da Póvoa
 
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Viagem em Balão às Não Teorias da Conspiração

Viagem em Balão às Não Teorias da Conspiração

Opinião | 11 Fevereiro 2025


 
Chove em Moimenta sem eira nem beira, terra do sol entreposto. Efectivamente deixem-se de conversas penhoradas. O menino já nasceu há tantos milénios que nenhum homem lembra bem, mesmo que o enviado Messias se tenha refugiado no Egipto para escapar aos mandamentos do pânico de Herodes, que mandou chacinar todos os nascidos machos até aos dois anos na ânsia de que entre eles pudesse estar o futuro Cristo. Como a história teima em repetir-se, dois mil anos depois, Benjamin Netanyahu ordena o extermínio de palestinianos inocentes na ânsia de matar algum terrorista. 

Percebo pouco de cessar-fogo, não sei se a matança fez um intervalo, se a Pfizer aumentou a produção de defeitos colaterais da sua vacina para combater o vírus SARS-CoV-2 dos cérebros de galinha eleitos recentemente na capoeira da Casa Branca. A objectiva olho-de-peixe só não consegue ver o anzol na Casa Amarela, de resto observa até bestas a três dimensões.

As encomendas que nos oferecem comentário não passam de porta-vozes dos inquilinos do poder. O Canadá e a Gronelândia, afinal, convenceram-nos que tudo vai dar em águas de bacalhau.

A escolha que a faça o diabo, mas levamos com eles a toda a hora. E vale sempre a pena ser meigo porque um povo burro é docilmente manipulável. Rodem a cabeça à vossa volta e vão encontrar maior violência nas palavras dos profetas da desgraça do que nos actos. O aumento de imbecis é proporcional ao alargamento do buraco da Camada de Ozono, que a continuar nos salvará de togas e das incógnitas existencialistas, e nos levará a todos para o ficcional e ilusório planeta B. 

Há quem defenda que as rendas pornográficas que o chico espertismo cobra, é o mercado a funcionar, o mesmo mercado que anuncia despedimentos colectivos, aumento dos sem-abrigo que o Marcelo prometeu acabar, mas nada fez por isso, embora tenha ajudado a distribuir malgas de sopa pelos desalojados de tecto e tirado selfies com o resto da maralha do avental.

Um tempo indeciso não precisa de tanta cimeira para tão pouco clima. O Zé já não vai no pagode, mas acredita na gargalhada, só não entende porque é que ninguém se entende. Ou melhor, entende que os entendidos não são ouvidos, mas achados arqueológicos por explicar.

A ciência do povo chegou ao IA men antes da inteligência artificial. Dois vezes dois são cinco com aquele que faz a conta e se não conta, ninguém sabe. O mundo vive em convulsão nervosa, um dia estoira e no outro humaniza-se. Se tens fome come um home. IA men de aviário no futuro, promete o fascista. Quem duvidar ainda tem cabeça. Se precisar de um desmentido, não aldrabe, diga que não sabe. Não sei se percebe, mas temos que ter a igreja por trás de nós para estarmos confortáveis na nossa maldade.

Júlio Verme

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