Voz da Póvoa
 
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Viagem em Balão ao Paleio das Agulhas no Palheiro

Viagem em Balão ao Paleio das Agulhas no Palheiro

Opinião | 18 Outubro 2024

 

Não fique acagaçado quando o IPMA alerta para o fim do mundo nas próximas 72 horas porque são apenas 60 minutos que se repetem por 72 vezes e não vão mudar o ritmo de limpeza das sarjetas nem o replicar dos sinos das igrejas. Aliás, o Carlos Trocos acordou a ver fantasmas extremistas a dormitar nas ruas ao lado dos desabrigados da vida e deu-lhe para tricotar de catedrático em política do antanho. 

“Este senhor é uma besta populista” ouviu-se na Tê Ver um Bio protestante a reclamar a inédita frase e a empunhar tal cartaz. Embora, isso não me Aflix, o homem parece saído de um filme sem razão nenhuma para existir.
 
“Até um jumento tem orçamento”, esta deve ser para influenciar as politiquices das minorias que reivindicam o sol-posto antes da aurora boreal mostrar o decote a caminho de Colo de Pito a arder. A terra existe como Coina, Fonte da Rata, Rego Travesso ou Paneleiro de Baixo, gente apurada no fabrico. Há testemunhos oculares e de binóculos que confirmam o paradeiro das placas sinalizadoras em terras distintas, e aconselham o IRS jovem até aos 66 anos e 7 meses a partir de Janeiro.
 
Não sei se viu, se leu, mas o nosso primeiro quer ver os gatafunhos da língua portuguesa oficialmente na ONU, embora os inglesismos crescem na boca dos políticos e nos eventos feitos por cá. Estes ralhados do cérebro são mestrados em salivar perdigotos direccionados ao incauto do cumpridor confesso.
  
Os crónicos são como as escutas, revelam-se sempre pela metade. Uma canelada que berra na comunicação social cala nos tribunais e silencia na Procuradoria-Geral da República. É preciso exumar o cadáver antes que fique esquisito. 

Há um fluido no escape dos glúteos incomparavelmente só e destituído de indecisões e tratados de paz. Qualquer atentado ao fedor não sofre de sanção alguma nem rolha ou batoque pelo inquisidor mor versus lápis a sombrear o olho de quem vê demónios em todos os odores. 

Há paridos do inferno a vociferar ódios encavilhados, engatilhados e explosivos a enlutar a sorte de viver na terra ocupada e com outra crença. A terra santa nasceu em pecado pela mão de outras guerras. Hoje, tenho a certeza que há terrestes extras. Também os incêndios são tão naturais como quem lhes dá lume.

Santa casa é a nossa quando nos aconchega o tempo de desistir, a outra é um pecado mortal plagiado por sucessivos provadores insaciáveis da causa pública. O curioso é que o irresponsável foi destituído, despromovido é que não, há sempre um instituto, uma empresa pública, uma direcção regional para admitir a sua mais-valia na inoperância precisada no lugar, sempre com uma remuneração a condizer. Além do prestígio do tacho, há quase sempre lugar a indemnização choruda, seja por incompetência ou por mudança governativa. Há até lugares que o salário de gestor público, que não pode ultrapassar o recebido pelo Presidente da República, tem direito a viatura e motorista, cartão de crédito ilimitado, viagens de avião em lugar de executivo, embora caiam ambos. Mas, só diz mal desta gente quem não é de bem, o lugar apetece a quase todos, mas quem escolhe também foi escolhido. A novela está em banho-maria, mas o que preocupa os portugueses não são os ladrões, é serem roubados.

Júlio Verme

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