Voz da Póvoa
 
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Viagem em Balão ao de Mente e à Demência do Demo

Viagem em Balão ao de Mente e à Demência do Demo

Opinião | 17 Novembro 2021

Eles subiram ao céu e Deus penitenciou-se, afinal, eram donos disto tudo e lembraram-se de esquecer. Ele acordou num Resort em Itália e disse: que raio estou aqui a fazer com o Alzheimer?

Capaz de esquecer todos os feitos, feitios ou arrogâncias, até de pagar aos advogados e especialistas em neurologia, disto tudo era dono e de nada valeu. Agora, vazio de memória não vai lembrar mais o Aníbal dizer que os portugueses podiam desconfiar do Espírito Santo, mas do Banco é que não.

São disfuncionais os bois que empurram o carro da finança e só usam o cabresto depois da cobrança do alheio. Da sua filmologia preferida retiramos: A Epopeia dos Tiranos em Dias de Quarentena.
 
Há putativos de saias a elogiar as calças e a prometerem revelar-se machos com a cabeça enterrada na areia. Pisca-pisca que os miolos estão loucos. O lobo é gay e o pastor da serra não entende as ovelhas em rebanho a reivindicar papel higiénico. O esterco debitado pelo grupo de pensadores na Bolsa do Palácio vai ser analisado em laboratório económico. O Kit licenciatura promete que na compra de quatro cadeiras oferecem uma mesa no parlamento.

Com preços de dar ao rabo, são aos montes os Judas da terra. Gostava que esta gente se atrapalhasse, se esgotasse na vontade do eleitor. Não somos todos coveiros, mas o povo tem uma certa admiração por mafiosos convictos e entre o abismo de se perder e um chá de quatro joelhos, elege as alterações climáticas e o esquecimento global. A chupar todos no mesmo galho teremos direito a um futuro fora de prazo.

Depois da sangrada família, uma réplica de honestidade dos tempos que não vão lá, anuncia a geração ‘vai ficar tudo bem’. A época chama e o sentimento atende. Gosto desta nobreza, desta ligeireza com que se tratam os nomes. Também a pobre pariu um menino e a rica teve um moço. Agora, há bolos de todas as asneiras e postais virtuais de natal. Só um bandalho nos aprova a lei das conveniências. O lobby das panelas e dos trens de cozinha controlam as mesas redondas ou quadradas. Esclarecem que é uma medida de antecipação aos tachos e taxas da alfândega legislativa.
 
Políticos por catálogo. Já tivemos uma em Felgueiras e outra no Brasil, ambas a receber o salário de Presidente da Câmara daquele concelho. Como se não bastasse em Oeiras, o presidente assinava os despachos na cela onde cumpria culpa porque pena tenho eu da justiça deste país. As eleições anteciparam-se ao Orçamento de Estado e há partidos com dois candidatos. São as manobras de diversão com carrinhos de choque e galos a galar a gala, e no poleiro só há lugar para um.

Um quinhão de amigo avisou-me que os camaradas são comunas, porém na pesca a palavra não tem partido, mas solidariedade. As palmas das palmeiras ouvem-se estalar no vento, mas nem todos somos sumos. Há quem ao sair do armário tivesse percebido a recusa cega do outro. Não nascer homem é um problema, mas ser homem negro ou cigano é pior que nascer mulher, depende do lugar do mundo.
 
O sol quando nasce, traduz todas as sombras. O Cidadão na Pública Função de Loja, um ano depois, reabriu espantadíssimo por ainda haver gente para atender.

A exposição invisível de lutos pelos dois e festivais de tolos pode ser apreciada nas ruas da paróquia de Fernando Peçonha. Você é um Ser morto. Não esqueça que a vida que nunca teve é um direito.

Júlio Verme

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