O mundo pula e avança em direcção ao vazio da matança, mas os lesmas continuam a passo de caracol para decidir pôr fim a um princípio nazi que nos quer maleáveis à ideia da existência de linhagens humanas superiores, mas iguais a qualquer bicho terreno isento de culpas quando para se manter vivo, mata. Dizem-se perseguidos desde o tempo em que se inventaram os séculos e as eras mais distantes, mas respondem na mesma moeda a tudo o que mexe do outro lado da fronteira. É próprio dos tiranos acusar o outro de tirania. E Deus não paga dízimo.
Pasme-se no discurso pacifista onde os bons da fita podem ter armas nucleares e os maus não. Os maus da fita nunca as usaram, os bons já. É a lei do absurdo. As ditaduras extremistas aboliram os partidos democráticos por tempo indeterminado. As democracias permitem a proliferação de partidos extremistas, xenófobos, racistas e defensores de uma pureza alienada.
Dentro deste campo de iluminados servidores do bem Ser, é bom de ver que o Passos sempre que lhe passa uma ilusão pela tola, tira um Coelho da cartola e assume estar contra o relaxamento de regras no aborto. Da sua palradeira esbeiçada saiu também uma religiosa crítica aos activistas que acusam a sua mãe de não ter feito um favor ao país. Tinham-se evitado palestras mestras da criadagem salazarista mais madura que Ventura. Talvez por isso, este seja mais próximo de Mussolini e do Hitler nas suas deambulantes preces de oração cigana ou de migrações de outros credos.
Esta maralha extremista gosta muito do Facebook, o ‘jornal’ da aldrabice, mas como os desmentidos não são publicados nas redes sociais a mentira ganha raiz. Querem um tempo parado e não percebem que envelhecem na mesma. Cá se fazem, cá se apagam. É preciso desactivar os activistas e escolher o mais útil no meio dos inúteis. Depois do Portas, o Melo alerta – vem aí mais submarinos para a Pátria.
Este mundo é terceiro num país primeiro. Quem nos chega à pele é o grito da desesperança, herança continuada em sucessivas promessas. Há quem as cumpra de joelhos, mas são mais os que se divertem. Estamos a ficar homogéneos na burridade. Efectivamente, precisamos todos de um Presidente diferente, mas não com as diferenças expostas num lança-chamas.
A guerra continua a manter o lastro destrutivo e monetário. Mais de 150 mil milhões de euros já foram doados à Ucrânia pela União Europeia e derretidos em armamento de defesa à ofensa e ofensiva Russa. Na Palestina e agora no Irão só Israel derrete, nós compramos-lhes as batatas em solidariedade pelo número considerável de mortos de fome em Gaza, patrocinada pelo silêncio da Europa e ruído dos EUA. A guerrear dente por dente e olho por olho, o mundo acabará desdentado e cego.
Sou verdadeiramente a favor da deportação dos governos que elegem o povo como seus submissos. Políticos monstros deviam ser recolhidos. A higienização do poder é uma política de combate às alterações climáticas.
Enquanto indecisos, um imbecil é aplaudido por milhares de imbecis pelo seu talento para a estupidez. Foi provavelmente este desfalque de inteligência que levou Albert Einstein a concluir que “duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho a certeza absoluta”.
Júlio Verme