Voz da Póvoa
 
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Viagem em Balão à Violência Doméstica da Imaginação

Viagem em Balão à Violência Doméstica da Imaginação

Opinião | 3 Junho 2021

Assapei-lhe três solhas nas bentas que a dentadura foi-se acoitar na salamandra aos pés do avô. Um olhar reprovador fulminou-me. O velho nunca despiu a avó, para que a luz acendesse nove vezes. Pelo buraco do linho entrava a agulha do camelo e o céu revirava os olhos por baixo das mantas.

Na sala dos mortos, os santos e pecadores olhavam incrédulos à mesa do confessionário, enquanto o vigário na igreja da insurreição urdia orações e perdões para aliviar o condenado na hora das apostas desportivas Online. O bispo descoseu-se de boca, mas os caminhos das fezes são intestinais.

O Mistério Público revelou-se tão igual a si próprio que ilibou o engenheiro José, dos abastados recursos de uma amizade santa por falta de chuva no nabal e sol na eira. O juiz, insónia pessoa, dotado de um cérebro quadrado com as ideias acantonadas, decidiu por nós o redondo da vida e salvou o inocente da inquisidora fogueira.

Alguém fora da lei serviu um café ao postigo. Este é um tempo de bufos, de gente que engole a hóstia sem mastigar, que se habituou às missas e discursos em latim mas nunca entendeu pescoço, apenas amém.

Justo é o capricho, o almoço dos inocentes lesionados do cérebro a responder na comichão de inquérito aos incontáveis arrefecimentos noturnos e às negociatas do BES, que sendo um Novo Banco, tem na caixa forte as velhas dívidas. Estes aditamentos combinados acabarão por render a guarda e o ladrão.

O marechal Aníbal honoris coisa, o político mais apolítico da política à portuguesa, antecipa a falência das reformas dos generais sem batalhas e de um paiol de almirantes sem marinha para guerrear. Os cujos, não querem perder as benesses democráticas e muito menos a cruz da ordem do tratante que os promoveu com as insígnias da ditadura.

Na faixa de Ganza repetem-se as doses de vítimas no moderno crematório judeu nazi. A história inverteu-se, mas não mudou de sexo. A velhinha europa sem a moleta não se aguenta de pé e vai acenando de branco a sua vassalagem.

O mundo é uma bola de fogo à espera dos bombeiros ou de uma lei que proíba as operadoras de nos operar a cabeça com sistémicos contactos a propôr magnificentes contratos, a custos desconsolados, para lhes amparar os lucros pornográficos. Nas caldas há tantos que uma chuva dava um jeitaço ao rabo deles.
 
A comichão de transparência tem andado preocupada com o striptease dos deputados maçon e questiona os mesmos se devem ou não revelar-se honestos ou praticar tricô nos debates parlamentares. A maçonaria deve ser coisa ruim, perdeu o segredo, mas é de natureza secreta. Os seus fins são para atingir os meios. Deve ser por isso, que o BE anuncia que o dinheiro não cai do céu, mas é na terra que se agarram a ele e a comichão de dados diz-se ingénua para desmentir uma aliança de homens livres e de acasalados costumes, e chumba declaração de pertença. Ao zé povo esventram-lhe o nome, a morada, o telefone com fio e sem fio, porque confia.

Ai gente da minha pressa, foram vários os políticos que deram um golpe no Estado. Habituaram-nos a uma réplica de honestidade, mas todos sabemos que a inveja é uma instituição portuguesa que serve os instintos mais delinquentes. Pena é que a lei ainda não tenha extinguido o planeta B dos insolventes corruptos.

Por: Júlio Verme

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