Voz da Póvoa
 
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Viagem em Balão à Ajustada Soberania da Estupidez

Viagem em Balão à Ajustada Soberania da Estupidez

Opinião | 22 Fevereiro 2025

 

No taxar come-se bem. Há molho e alfarrobas para todos. O mercado bolsista é uma imagem do dia nunca. A fuga das gorjetas aos impostos é uma preocupação, mas do IVA do patrão não. Mandá-los ir à fava era obrigá-los a pagar o bolo, mas o Rei não se dá sem coroa. Reuniram-se os trapaceiros com o seu porte fálico extremista.

Desgarrados e acossados os alarmes do Chega para lá do próximo interlúdio, já há disputados no parlamento a raptar o dono da mala e a transplantar idades velhas aos miúdos que ofereceram o cu ao léu por exposta liberdade.

Estou a ficar sem paciência para tanta Trampalhada, baralha tudo e só saem Duques. O Man deve tudo à inteligência artificial e não entende que por morrer uma andorinha não acaba a nossa espera. É preciso aplicar um torniquete para estancar tanta arrogância e heresia num só bicho ferido na orelha. Tudo porque o guarda da Confraria dos Tornados fácil aposentou-se e a chuva de inúteis ficou sem guarda.
 
Enquanto o mundo assistia ao espanto, ela foi ao ginásio perder a barriga, não percebeu que estava grávida. A malta dos manuais de instruções já não sabe como se faz e se faz não sabe, ainda acredita na cegonha e no voto de castidade.

Fazer tombar um político é cada vez mais fácil, puxa-se pelos alinhavos e o facto descobre as misérias. A escolha não é a dedo, mas dar a mão é ficar maneta. Eles crescem na pasmaceira dos dias de sol e na incapacidade nata para suster a carraspana de bufos, expõem-se ao cidadão comum com uma linguagem madura, mas se não forem colhidos a tempo caem de podres.

Com a ajuda de Israel gasificaram a faixa para a transformar numa instância balnear de Lixo americano. O Hitler não faria melhor que os seus acólitos herdeiros. Com a chegada ao poder dos delinquentes, as Nações Unidas, a Organização Mundial de Saúde ou o Tribunal Internacional não passam de instituições quiméricas. Os tratados são intratáveis para os ignorantes serôdios, malfeitores e outros déspotas que se ergueram quadrupedes por não distinguirem entre patas e cascos, mãos ou pés. A fiar por quem andas, sei quem tu és. 

Ao contrário dos insensíveis charlatões, fomos felizes e já sabíamos. A felicidade sente-se, não é coisa de trauliteiros do megafone. O que assusta o povo não é subir a montanha, é desenganá-la, perder os horizontes. 

A Europa aos retalhos de uma ideia económica não é capaz de unir a ponte e tal como o burro não sai do meio. Nunca conseguiu decifrar entre a conquista e a imposição. Habituada a prestar vassalagem ao tio americano ainda vai ser salva pelos olhos em bico dos orientais. De patos pró ar precisa o caçador.

Fomos barro, somos pó, e veio o vento.
 
Júlio Verme

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