2025 chega trazendo a força de Iansã e a justiça de Xangô!
É hora de realizar e de colher os frutos das sementes plantadas em 2024, onde Exu abriu nossos caminhos e obrigou-nos a encerrar o livro para escrever outras histórias.
Os ventos da mudança chegam com a Mãe, e é confortador saber que tenho uma colheita farta de boas coisas para receber.
Ao olhar para trás, em retrospectiva, consigo ver todas as mudanças que se operaram dentro de mim nesses últimos dezoito meses.
Enfrentei desafios que jamais pensei serem possíveis de encontrar pelo caminho, afundei-me na dor, na ira…
Questionei-me tantas vezes, questionei o entendimento do outro, questionei o universo e os seus métodos de ensinar o ser humano a buscar o aperfeiçoamento.
Então flutuei para lá de mim mesma, olhei-me de cima, em terceira pessoa, falei de mim mesma em terceira pessoa, guardei distância suficiente para poder analisar objetivamente as minhas atitudes, crenças, desejos e, ao fazer esse exercício, descobri que na história da vida não existem completos heróis, nem completos vilões.
Tudo é uma questão de circunstância e, assim sendo, não existem culpados e tudo está como deve estar, mesmo que desejássemos que fosse diferente.
Durante esse tempo, onde visitei o inferno mil vezes, aprendi a domar a necessidade do controle, pois essa necessidade me impeliu a ações que magoaram não apenas a mim, mas também as pessoas que mais amo. Mas, acima da tudo, compreendi que as expectativas que criamos sobre o outro são capazes de arrasar com as mais sagradas relações.
Nesse ano de 2024 aprendi a perdoar, não dá boca para fora, mas no sentindo mais transcendental da palavra.
Perdoar a mim mesma e aos outros, e mais que isso, consegui transmutar a revolta em calmaria e entendimento e afastar o véu que cobria a parte boa de cada situação que me feriu ao longo do caminho, pois tudo tem um lado bom e cada pessoa que adentrou a nossa vida ofereceu algo bom em algum momento.
Encerro esse ciclo com o coração cheio de amor e de esperança, embora a frase pareça um clichê e desejo a todos que cruzaram o meu caminho, aos que permaneceram e aos que trocaram o rumo, que encontrem a mesma paz de espírito.
Feliz 2025!
Maria Beck Pombo