Hoje voltei à "Dolores". A D. Fernanda, o sr. Manuel, o Luís, o Rúben, o sr. Virgílio. O café. O jornal. A simpatia de sempre. Depois o abraço do João da confeitaria. Vou levando uma vida tranquila. Sem grandes sobressaltos, a não ser nos concertos e nos ataques de raiva. Aproxima-se o livro. "Mulheres, Visões e Revoltas". O que me eleva. É o 18º. Vamos ver como será recebido. Não sou o poeta da moda. Estarei ultrapassado? Não, posso ir mais longe. Muito mais longe. Não faz sentido hoje ser poeta sem falar do caos, da demência ou da revolta. Hoje, mais do que nunca. Não faz sentido falar em florzinhas. Não faz sentido jogar o jogo deles.
António Pedro Ribeiro, Sociólogo, cronista, poeta e muito mais…