Voz da Póvoa
 
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O último cauteleiro da Póvoa de Varzim

O último cauteleiro da Póvoa de Varzim

Opinião | 22 Outubro 2019

Habituamo-nos a vê-lo calcorreando as nossas ruas, cada vez mais devagar, agora apoiado numa canadiana. Também, como João Gobern, compro-lhe sempre a cautela da 2ª feira a vir, num toma lá dá cá de nota de 5 ou 10 euros por bilhete dobrado, escondendo o número da sorte. Sr. Joaquim Silva, o ‘Quinzinho das Cautelas’, é o nosso último homem da arte de bem vender a sorte grande. Nanja a mim, mas não desisto de enriquecer… monetariamente.

Da última vez, não sei a origem da conversa, que sempre acontece – seria o (mau) momento do Varzim? – recordou duas vitórias do nosso clube com o FC Porto, uma para o torneio de abertura da AF do Porto, outra para o campeonato nacional. Treinador Meirim que por cá deixou perfume de mágico numa equipa que jogava futebol teutónico, palavras suas.

O mito aumentou com o treino dos guarda-redes, Benje titular, a tentar apanhar galinhas. Estória verídica ou não, é bem apanhada, não pude comprovar, o serviço militar retinha-me em Tomar onde o Varzim foi jogar para o campeonato. O argentino Oscar Tellechea era o treinador do União da terra dos nabantinos. Recordo a defesa do União, quase tão conhecida como a do Varzim, dos tempos áureos, mas de uma sonoridade que não esqueci: Conhé; Kiki, Caló, Faustino e Barnabé. O Varzim ganhou, consolidando posição nunca antes alcançada.

Por aqui me fico com mais esta pequena estória do nosso Varzas, como gostava de o chamar o amigo José Luís Azevedo…

Por Abílio Travessas

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