Voz da Póvoa
 
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O NOVO MUNDO E A MÃE-TERRA

O NOVO MUNDO E A MÃE-TERRA

Opinião | 3 Abril 2025

 

Ao fazer a revolução, devemos incrementar a formação de comunas, de federações de comunas livres, de cooperativas e a auto-gestão generalizada. Mas, antes de mais, temos que destruir esta sociedade odiosa, esta sociedade do medo, do tédio, da opressão, da exploração e da escravização. Esta sociedade do dinheiro, do trabalho escravo e do mercado. Esta sociedade das lavagens ao cérebro, da IA, das redes sociais, das fake news, da corrupção, do fascismo, das polícias, do capitalismo do controle e da vigilância. Esta sociedade dos cães e vendilhões, que nos negam a Vida, dos Inimigos da Vida.

Todavia, a culpa também é nossa. Temos preferido o contacto virtual ao contacto real e vital. Temos visto programas imbecis e futebóis de gladiadores e donos corruptos na televisão. Temos acreditado em comentaristas vendidos e políticos vigaristas.

Faríamos bem em dar mais ouvidos às revoltas dos povos indígenas da América Central e da América do Sul. Devemos, como eles, "Colocar a Mãe-Terra no Centro". Só assim evitaremos o horror já muito presente do aquecimento global e das alterações climáticas. Só assim salvaremos o Planeta, a Humanidade, os animais e as plantas.
Não podemos também subestimar o frenesim do apocalipse, a sede de Armagedão que atravessamos. É preciso cavalgar o caos para atingir a Grande Revolução.

António Pedro Ribeiro, Sociólogo, cronista, poeta e intérprete de metáforas

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