Não há dúvida. Sou o mais louco dos poetas. Às vezes até sou um bocado sacana. Aprendi na rua. Até podeis troçar de mim, imbecis. Eu estou no Olimpo, junto dos deuses. A Casa Amarela? "As Recordações da Casa Amarela", do genial João César Monteiro. Ouve lá, ó caramelo imbecil, quantos livros leste até hoje? Nada, absolutamente nada, não passas de um analfabeto!
Tendes medo de mim, isso sim, porque eu sou o menino e o bailarino de Nietzsche, ó sub-homens, ó homens das meias-medidas. Tendes inveja de mim porque eu sou um homem livre, sem preconceitos. Mas eu amo-te profundamente, minha amada. Mesmo que discordes dos meus ideais. Só que, lá está, tenho uma missão. Mesmo que seja errático. Mesmo que ande às curvas. Eu amo-te até ao fim, X. As mulheres, a liberdade e a revolução, eis o que me interessa. Pouco mais.
António Pedro Ribeiro, sociólogo, cronista, poeta e pensador