O Maio de 68 representou a primeira vez que numa sociedade ocidental economicamente evoluída e politicamente liberal, um movimento, ao mesmo tempo, especificamente estudantil e juvenil desencadeia um vasto movimento em toda a sociedade.
De certa forma, são os jovens e os estudantes que estão a dar mais força à grande insurreição que hoje varre as ruas de França e de Paris contra o ditador Macron.
Já não são só as reformas que estão em causa, é a vida computacional, robótica, escravizante, é a própria vida burguesa e mercantil. Os estudantes revolucionários, os jovens revolucionários estão, de novo, ao lado dos trabalhadores. Não se trata de viver uma noite de amor, trata-se de viver toda uma vida de amor.
Voltam a pôr-se as questões da autogestão, da democracia directa, da circulação permanente das ideias e da informação. A divisão fundamental é entre aqueles que aceitam o sistema e aqueles que o rejeitam.
António Pedro Ribeiro, Sociólogo, cronista, poeta e muito mais...