A primeira intenção da sociedade do espectáculo, segundo Guy Debord, é fazer desaparecer o conhecimento histórico em geral. O mais importante é o mais escondido.
Todos os comentadores e especialistas são mediático-estatais e só assim são reconhecidos como peritos. O perito mais útil é o perito que mente.
Agora já não existem juízos independentes por parte daqueles que faziam parte do mundo culto; já não existe história imparcial dos factos, nem sequer uma verdade bibliográfica incontestável.
Nunca a censura foi tão perfeita. Nunca a opinião dos supostos cidadãos livres foi tão desprezada. O espectador deve ignorar tudo.
Não há tempo para a reflexão. Dá-se um apagamento da personalidade. Desde a infância que a informática é privilegiada no ensino, enquanto a leitura é cada vez mais ignorada. Estamos a criar o espectador-robô.
António Pedro Ribeiro, Sociólogo, cronista, poeta e muito mais…
