Voz da Póvoa
 
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O CLÍMAX DA ESCRITA

O CLÍMAX DA ESCRITA

Opinião | 2 Maio 2024

 

É aberrante a ideia de que uma pessoa, para poder escrever qualquer coisa, deva possuir autoridade.

Por detrás de quem escreve só tem que estar a necessidade de escrever, a liberdade, a autenticidade, o risco, assim fala Pier Paolo Pasolini. Sim, escrever é um risco, um acto de necessidade, de liberdade. Sim, um acto livre de criação, fora de qualquer autoridade. Mesmo da minha hipotética "autoridade", não sou governo, não sou polícia, não sou castrador.

Quando escrevo chego a atingir o clímax. A amar Afrodite. Delícias mil. Mas também descrevo a queda, o inferno da depressão. Vivo-me. Solto-me. Ando às voltas. A mão. O papel. A caneta. Transcendo-me. Vou a todos os lugares. Voo. Sem chefes. Sem limites. A loucura. A louca sabedoria. O prazer. O fogo. A explosão. O Super-Homem. O Criador. Não mais patetas. Não mais rebanho.

António Pedro Ribeiro, Sociólogo, cronista, poeta e muito mais…

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