Somos anormais dentro deste novo normal que nos vendem e até compramos, mesmo que seja a prestações. O facilitismo oferecido pelo Branco Central Europeu durante anos suficientes para penhorar o futuro de milhões de sonhadores, que correram para uma Banca ainda a arfar e salva pelo dinheiro dos contribuintes, mas sem qualquer piedade pelos que, agora, com os sucessivos e planeados aumentos de juros, necessitam renegociar a casa por pagar, é o prato do mundo contemporâneo dos colossais e podres de ricos afeitos com a inflação.
Naturalmente, a guerra sempre deu lucros à meia dúzia do costume e os serviçais e disfuncionais políticos são capazes de tudo para manter ou chegar ao poder. O povo nunca passou de um número par. A solidão assusta sempre, a consulta no psiquiatra e o preço a pagar, também.
Por falar em medicina, já ninguém entende os propósitos dos médicos nem do Ministro, mas já todos perceberam que o Serviço Nacional de Saúde é cada vez mais no privado e em cada ano fica mais caro. É só estar atento ao Orçamento de Estado e seguir o destino dos milhões, saúde, educação, cultura, etc.
Anda tudo do avesso, a ASAE vai aos expositores das lojas e dos mercadinhos - nos Super, por serem demasiado grandes, enganam-se sempre na porta - assegurar-se das condições dos produtos, mas nunca se lembra que o problema concentra-se muito mais na confecção, armazenamento ou produção dos mesmos.
Os vinhos, quase todos sabem, que contêm sulfitos que a saúde rejeita, mas as carnes e derivados também os usam para a sua conservação e pouca gente sabe disso, mas já ouviram dizer que há um determinado número de doenças oncológicas que está a aumentar. Dizem os especialistas que uma das razões é a má alimentação consumida. Eu acrescentaria a má qualidade dos alimentos.
Para não tornar-me massudo e inconveniente, diria que, também eu, penso que o problema não é a falta de médicos, mas excesso de doença.
Pablo Rios Antão
