Hoje de manhã percorri Braga. Fui à minha Rua Nova de Santa Cruz. Passei pela casa da minha avó, agora do meu primo Zé Manel, que mudou de número de porta, mas que se mantém tal qual como era. Seguidamente fui à minha casa, ao 195-2º, casa onde vivi com os meus pais de 1981 a 1987, e sozinho e com a M. de 1987 a 1995, num curto período com o meu irmão. A rua está a ser renovada para bem mas mantém-se o corte com a Rua D. Pedro V por causa da ponte aérea do Mesquita Machado e do Braga Parque, que mandei fechar em 1990 quando ainda se chamava Feira Nova e era um hipermercado.
Depois, quando cheguei à casa da M., uma brasileira simpática, culta e interessada perguntou-me se eu estava a ler Rosa Luxemburgo e em que andar morava.
Agora são 6 da tarde e estou, de novo, n' "A Brasileira", à espera da M., aquele anjo que foi à dentista. O Marques dialoga com as clientes. E a vida corre aqui, em Braga, sem grandes sobressaltos nem revoluções. A verdade, M., é que a maioria das pessoas, enfim, não atinge...não pensa...ou tem preguiça de pensar...
António Pedro Ribeiro, Sociólogo, cronista, poeta e dizedor dos Sereias…
