Voz da Póvoa
 
...

INFINITAMENTE LIVRES

INFINITAMENTE LIVRES

Opinião | 21 Janeiro 2025

 

Meu Pai, disseste que eu acabaria a vida a escrever livros. Talvez tenhas razão. Todavia, eu ainda tenho uma missão a cumprir: libertar as pessoas. Bem sei que tenho que ser duro e provocador com elas, bem sei que muitas delas são interesseiras, atrasadas e incultas. Bem sei que os poderes e os computadores cada vez mais lhes fazem a cabeça. Bem sei que há muita malvadez à solta. No entanto, eu tenho que lutar. Tenho que convencê-los de que a vidinha do tédio, do dinheiro e da competição é absurda. Tenho que dizer-lhes que a vida só vale a pena ser vivida se for gozo, amor, liberdade e sabedoria, sem castração, sem controle, sem vigilância, sem prisões, sem governos, sem alienação, sem trabalho forçado, sem exploração, sem escravidão, sem exércitos, sem polícias. Tenho que dizer-lhes que não há nenhum Deus e que só nós podemos ser deuses. Tenho que dizer-lhes que viemos para sermos Únicos e Infinitamente Livres.

António Pedro Ribeiro, Sociólogo, poeta e pensador

partilhar Facebook
Banner Publicitário