Tranquilo, no jardim. Os pássaros voam e cantam. Mas o cérebro quer explodir. Tanta pulhice, tantos vendilhões do templo, a começar pelo Trump, tantos chacais. No entanto, à parte as grandes manifestações de apoio à causa palestiniana, a grande maioria não se mexe, presa ao controle da vidinha, manipulada pelos media, pelas redes sociais, pela IA, pela internet em geral. É o rebanho de Nietzsche. Estão convertidos à felicidade fabricada. Adaptam-se à morte em vida. São comidos pela propaganda e pela publicidade. São levados pelas opiniões de comentadores quase sempre vendidos. Vivem uma vida absurda. Trepam uns para cima dos outros em busca do dinheiro, do estatuto e da carreira. Trabalham e obedecem até morrer. Não passam de escravos. E parecem gostar...
António Pedro Ribeiro, sociólogo, cronista, poeta e pensador...