Há um jornalismo enfadonho incapaz de discernir entre a vontade do partido e o querer do eleitor. A Comissão Nacional de Eleições assobia a canção do engate enquanto as televisões manipulam o tempo de antena dos candidatos. Nem vale a pena falar dos que querem lá chegar pela primeira vez porque até os comentadores ou os emplastros têm mais tempo de antena. Serviço público, dizem praticar os da comunicação social, mas ao colo levam quem melhor os aconchega e ficamos na dúvida se a vontade é informar ou propagandear.
O líder percebeu desde o início que a sua escolha só podia recair num personagem do reino da anedota e, por isso, tomou a rédea e assumiu a campanha. O que importa é o que o Ventura diz, mas caberia ao jornalista perguntar ao candidato. Creio que até a IA faria essa escolha.
Pablo Rios Antão